Ainda sentados no mesmo sitio, Mia e Manuel estavam agora em silêncio nos braços um do outro. Anteriormente procuraram esquecer-se um ao outro. Mas por entre as palavras que foram trocadas ainda mais crescia o sentimento. O mesmo que tantas vezes antes tinha sido impossível de controlar. Por entre corridas feitas na noite, nascia o brilho entre eles. Era inevitável. Impossível negar o que sentiam. E lutaram. Uma luta que só dois amantes saberiam entender. Que só eles entenderiam o porquê de saber tão bem. Manuel abraçou-a. Uniram os seus corpos numa junção perfeita. Deram-se como nunca o tinham feito antes. Aspiraram o doce aromas dos seus corpos. Sentiram a respiração um do outro. Chegaram a confundi-la com a sua. Abraçaram-se ainda mais como se fosse uma despedida. Manuel neste momento nem dores tinha. Olharam nos olhos um do outro e nenhum ousou dizer o que o olhar transmitia. Beijaram-se. Docemente, intensamente, profundamente, durante longos minutos. Já não era a sua razão que comandava. Uniram ainda mais os seus corpos, como se tivessem medo de se perder um do outro. Abraçaram-se como uma criança abraça o seu urso de peluche. Ela sentiu as mãos dele a percorrer todo o seu corpo. Um arrepio, um misto de prazer e inocência navegava-lhe pela alma. A pele quente dele em contacto com ela. Ela ia descobrindo o seu corpo por baixo da roupa. Um toque. Um arrepio. As pernas começaram a fraquejar. Estavam sozinhos. Só a luz da lua testemunhava tais acto de entrega total. Voltaram a beijar-se uma e outra vez, até o ar começar a ser escasso. Até respirarem ofegantemente. Os lentos movimentos tornaram-se rápidos. Sabiam que tinham de ficar por ali, o estado debilitado de Manuel não o permitia continuar. Olharam-se. Deram um beijo singular. Sorriram. Sabiam que amanhã seria outro dia.
No outro dia de amanhã Mia acordou aos primeiros raios de sol.
Estava dorida, não havia uma parte do seu corpo que não se queixasse.
Estava deitada na relva.
Olhou para todos os lados e não o viu.
- Será que sonhei? - Pensou. - Mas os seus beijos, os seus toques pareciam tão reais. - Colocou a mão nos seus lábios como se neles estivessem a resposta à sua dúvida.
- Eu não sonhei, não pode ser! - Com alguma dificuldade lá se levantou.
Pé ente pé deu uma volta ao jardim. Procurava provas da noite mágica que tinha vivido.
Mas nada havia. Começou a ficar assustada. - Será que estou a começar a dar em doida? - Pensou. Tinha acordado no banco do jardim completamente despenteada, agora acordava no jardim de sua casa. As coisas não estavam a ficar nada famosas.
- Tenho de ir consultar rapidamente um psicólogo.
Com um andar vagaroso dirigiu-se para o seu quarto.
Estava deitada na cama com um olhar tristonho quando Lino lhe bateu à porta.
Mia - Entre Lino.
Lino - Com a sua licença. No correio estava uma carta endereçada em seu nome.
Mia - De quem é?
Lino - Não tem remetente.
Mia - Deixa-me ver.
Lino - Aqui está. - Lino deu-lhe a carta.
Mia reconheceu a letra. Sorriu.
Mia - Podes sair Lino e obrigado.
Lino - De nada menina.
Saiu e fechou a porta.
Mia abriu a carta apressadamente e começou a ler.
Mia:
Sinto-me realizado quando dizes que me amas... Sinto que existo ao dizer que me queres para sempre! Estou a escrever à medida que vou pensando... Sabes uma coisa? Só tu me fazes gostar de viver.
És a razão do meu ser... Não sou nada sem ti!
Existo porque me amas!
Quero-te tanto, tanto.
Olho para ti aqui a dormir ao meu lado e como eu te desejo…
Só tu me das forças para lutar contra tudo e todos, só tu me fazes ser eu mesmo, és o mundo que gira sobre mim, és a minha vida, estou todos os momentos a pensar em ti... Apetece-me fugir para sempre contigo... Pena isso acontecer só nos filmes…
Amo-te muito princesa! Por ti sou capaz de tudo, até mesmo fugir de um hospital. O que vão dizer os nossos filhos quando lhes contarmos? Olhei para ti novamente e pareceu-me ver-te a sorrir, será que até a dormir consegues ler os meus pensamentos?
Longe de ti quem sou eu? Sou uma concha vazia, de quem o mar se esqueceu?
Sempre tentei ser um namorado "perfeito" mas já falhei nessa minha missão, mas como errar é humano aqui estou eu para corrigir o meu erro.
E estamos aqui bem juntinhos, mais felizes que nunca. - Abraçaste-te a mim e como é boa a sensação. Estou a adorar.
Amor conta comigo para tudo, mas não só para tudo como para sempre…
Uma coisa que me ensinaste, foi que um amor como o nosso é para toda a vida.
O nosso amor não se conjuga no passado, mas sim no presente e no futuro.
És tudo aquilo que eu jamais sonhei em ter. Tu és mais que um sonho, és algo imaginável, algo inacreditável que se cruzou na minha vida e tomou conta dela!
És a luz dos meus olhos… a outra metade de mim.
Só a tua palavra é importante… Desde que estou contigo já viste como estou?
Feliz, feliz, feliz e feliz… porque tu me fazes assim!
Manuel Guerreiro
Ps: Não era um sonho!!! Mas eu sou mesmo o teu Anjo da Guarda!!!
Outra coisa, não me vais encontrar pois tive de voltar para o hospital (não quero arranjar confusões), mas logo eu estou de volta!
Continua
No outro dia de amanhã Mia acordou aos primeiros raios de sol.
Estava dorida, não havia uma parte do seu corpo que não se queixasse.
Estava deitada na relva.
Olhou para todos os lados e não o viu.
- Será que sonhei? - Pensou. - Mas os seus beijos, os seus toques pareciam tão reais. - Colocou a mão nos seus lábios como se neles estivessem a resposta à sua dúvida.
- Eu não sonhei, não pode ser! - Com alguma dificuldade lá se levantou.
Pé ente pé deu uma volta ao jardim. Procurava provas da noite mágica que tinha vivido.
Mas nada havia. Começou a ficar assustada. - Será que estou a começar a dar em doida? - Pensou. Tinha acordado no banco do jardim completamente despenteada, agora acordava no jardim de sua casa. As coisas não estavam a ficar nada famosas.
- Tenho de ir consultar rapidamente um psicólogo.
Com um andar vagaroso dirigiu-se para o seu quarto.
Estava deitada na cama com um olhar tristonho quando Lino lhe bateu à porta.
Mia - Entre Lino.
Lino - Com a sua licença. No correio estava uma carta endereçada em seu nome.
Mia - De quem é?
Lino - Não tem remetente.
Mia - Deixa-me ver.
Lino - Aqui está. - Lino deu-lhe a carta.
Mia reconheceu a letra. Sorriu.
Mia - Podes sair Lino e obrigado.
Lino - De nada menina.
Saiu e fechou a porta.
Mia abriu a carta apressadamente e começou a ler.
Mia:
Sinto-me realizado quando dizes que me amas... Sinto que existo ao dizer que me queres para sempre! Estou a escrever à medida que vou pensando... Sabes uma coisa? Só tu me fazes gostar de viver.
És a razão do meu ser... Não sou nada sem ti!
Existo porque me amas!
Quero-te tanto, tanto.
Olho para ti aqui a dormir ao meu lado e como eu te desejo…
Só tu me das forças para lutar contra tudo e todos, só tu me fazes ser eu mesmo, és o mundo que gira sobre mim, és a minha vida, estou todos os momentos a pensar em ti... Apetece-me fugir para sempre contigo... Pena isso acontecer só nos filmes…
Amo-te muito princesa! Por ti sou capaz de tudo, até mesmo fugir de um hospital. O que vão dizer os nossos filhos quando lhes contarmos? Olhei para ti novamente e pareceu-me ver-te a sorrir, será que até a dormir consegues ler os meus pensamentos?
Longe de ti quem sou eu? Sou uma concha vazia, de quem o mar se esqueceu?
Sempre tentei ser um namorado "perfeito" mas já falhei nessa minha missão, mas como errar é humano aqui estou eu para corrigir o meu erro.
E estamos aqui bem juntinhos, mais felizes que nunca. - Abraçaste-te a mim e como é boa a sensação. Estou a adorar.
Amor conta comigo para tudo, mas não só para tudo como para sempre…
Uma coisa que me ensinaste, foi que um amor como o nosso é para toda a vida.
O nosso amor não se conjuga no passado, mas sim no presente e no futuro.
És tudo aquilo que eu jamais sonhei em ter. Tu és mais que um sonho, és algo imaginável, algo inacreditável que se cruzou na minha vida e tomou conta dela!
És a luz dos meus olhos… a outra metade de mim.
Só a tua palavra é importante… Desde que estou contigo já viste como estou?
Feliz, feliz, feliz e feliz… porque tu me fazes assim!
Manuel Guerreiro
Ps: Não era um sonho!!! Mas eu sou mesmo o teu Anjo da Guarda!!!
Outra coisa, não me vais encontrar pois tive de voltar para o hospital (não quero arranjar confusões), mas logo eu estou de volta!
Continua
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