Tinha dores mas neste momento nem elas o impediam de continuar.
Mãe - Manuel! - A mãe estava admirada com ele, nunca o tinha visto naquele estado, os seus olhos quase que soltavam faíscas.
Manuel - Dá-me a minha roupa! Rápido!
Mãe - Eu não posso fazer isso Manuel! Tu tens de ter alta do médico.
Manuel - Não quero saber de alta nenhuma!
Sara e Natalie presenciavam a cena toda, sem dizer uma única palavra.
Manuel - Sara, a minha roupa! - Estava completamente desnorteado.
Sara - Ouve a mãe Manuel, tu não podes sair assim.
Manuel - Posso e vou fazê-lo! Não preciso da vossa ajuda!
Colocou uma perna fora da cama e com a ajuda das mãos colocou também a outra.
Sara e Natalie correram ao seu encontro.
Sara - Estás mesmo doido!
Natalie - Será que ela merece dares cabo da tua vida?! - Olhou furiosa para ele.
Aquelas palavras acertaram-lhe de tal forma que parecia que tinha um punhal cravado no peito.
Olhou na direcção de Natalie. Manuel sentiu os olhos estremecerem de ódio. Natalie engoliu em seco. Perante o poder do seu olhar, ela sentiu medo.
Sara percebeu que as coisas não estavam nada fáceis.
Manuel - Fora daqui Natalie! Fora! Eu não admito sequer que duvides disso. Eu pela Mia dava a minha vida!
Natalie saiu do quarto sem dizer uma única palavra em sua defesa. Pelo seu rosto caiam várias lágrimas.
Mãe - Manuel, eu já não te conheço! - Também ela começou a choramingar.
Sara - Por favor Manuel, porta-te como o homem que já és.
Manuel - Vocês não percebem a Mia corre perigo!
Sara - Eu sei disso Manuel, mas nesse estado também não vais ajudar muito.
Manuel - Eu preciso dela! - Era o terceiro a derramar umas lágrimas.
Sara - E se eu a trouxer cá?
Manuel parou de chorar e limpou os olhos. - Fazias isso por mim?
Sara - Claro que sim. Desde que voltes para a tua cama!
Manuel - De acordo! Pode ser hoje?
Sara sorriu. - Vamos ver, como está hoje o meu poder de persuasão.
Manuel - Sei que não vai ser fácil!
Sara - Pois não. Mas eu vou tentar. Vou já ligar para ela.
Pegou no telemóvel e fez a chamada. Tocou, tocou, tocou mas nada, finalmente foi para as mensagens.
Sara . Não atende. Vou tentar mais tarde.
Manuel - Liga para casa. - A sua expressão era agora de esperança.
Sara - Ok.
Gui - Vick, Vicky!!!
Vicky - O que foi Gui? - Saiu de trás do balcão e foi ao seu encontro. - Aconteceu-te alguma coisa?
Gui - Ainda não mas daqui a três dias. - Deixou a frase em suspense.
Vicky - Não me digas que?…
Gui - Digo, digo, aqui o Gui vai finalmente ter a sua estreia.
Vicky - Que bom, Gui! - Abraçou-o fortemente.
Gui - Cuidado Vicky com tanta força não, tenho de estar em perfeitas condições.
Vicky afastou-se dele e fez um olhar tristonho.
Vicky - Que exagero! Se quiseres nem te volto a tocar, posso dar cabo de alguma peça. - Riu para ele, na esperança que fosse uma brincadeira da sua parte.
Gui - Excelente ideia! A partir de agora nada de contactos físicos entre nós.
Vicky do sorriso passou para uma expressão triste, deu meia volta e afastou-se dele.
Gui ficou a olhar para ela.
Deu uma corrida na sua direcção e agarrou-a pela cintura.
Gui - Achas mesmo que eu te fazia uma coisa dessas? - Disse-lhe ao ouvido.
Vicky sorriu.
Vicky - Pensando bem quem não quer contactos físicos nenhuns sou eu.
Gui ficou pasmado com a resposta. Rodou-a sobre si e colocou-a de frente para si.
Vicky - A sério Gui, acho melhor!
Gui - O Gui não está a gostar da brincadeira.
Vicky - Paciência. Deu-lhe um toque no queixo e dirigiu-se para o balcão.
Quando lá chegou olhou para ele de maneira provadora.
Gui começou a andar direito a si sem nunca desgrudar os seus olhos dos dela.
Vicky mordia os lábios. Gui andava mais depressa. Quando estava quase a alcancá-la, Vicky correu para longe. Gui foi no seu encalce. Andavam à volta do balcão sorridentes. Até que apareceu o pai do Gui e os chamou à atenção. - Isto não é nenhum parque infantil, é um talho, um local de trabalho.
Gui - Tudo bem paizinho, o Gui e a Vicky vão já parar a brincadeira.
Enquanto a mulher tinha Mia nos braços apareceu Carlota com um olhar triunfante.
Carlota - Correu melhor do que se estava à espera.
??? - É verdade. Aquela droga é muito eficiente.
As duas trocaram uma gargalhada.
??? - E esta agora vai para onde? - Deu-lhe um toque na cabeça, fazendo-a balançar.
Carlota - O Moura achou melhor colocá-la naquele jardim do outro lado da vila. A ideia dele é ela pensar que está a ficar doida e que não tem poder sobre si mesma.
??? - Eu por mim acabava de vez com ela.
Carlota - Eu também acho o mesmo. Mas ele acha assim. E de momento é ele que tem o dinheiro, logo ele é que manda.
??? - Por enquanto! Mas por mim era já o fim dela!
Carlota - Tens de saber domesticar melhor o teu queridinho!
??? - Tudo ao seu tempo.
A ??? deu uma chapada na cara de Mia.
??? - Toma lá. Para as vezes que te portas-te mal.
Pegaram Mia pelos ombros. Uma de cada lado lá foram elas. Pelo caminho trocavam gargalhadas de triunfo.
Assim que Sara ligou para casa de Mia, Lino atendeu a chamada.
Sara - Olá Lino, a Mia está por aí?
Lino - Olá menina Sara. A Menina Mia deve de estar no hospital.
Sara - No hospital?! Mas eu estou aqui e ela ainda não apareceu.
Lino - Mas eu mesmo a deixei aí à porta.
Sara - Se calhar mudou de ideias.
Lino - Sim pode ser, mas ela ia tão contente…
A dúvida pairava no ar.
Sara - Ok, Lino eu vou dar uma volta por aqui, vou ver se a encontro.
Lino - O melhor é eu ir já para aí.
Sara - Não se exalte Lino, eu já volto a ligar. Até já.
Manuel olhava para ela.
Manuel - Então?
Sara - O Lino diz que a deixou aqui à porta do hospital.
Manuel - Achas que me vinha ver?
Sara - Acho que sim.
Manuel - Então onde está ela?
Sara - Pode ter desistido.
Manuel - Pois é.
Sara - Eu já volto. - Começou a dirigir-se para a porta.
Manuel - Onde vais?
Sara - Descobrir onde ela anda!
Simão conteve a respiração, estava concentrado na imagem de Lisa. Sabia que ela era especial, era melhor, era como ele.
Lembrou-se dos tempos em que viveu num lar de acolhimento. Para além de algumas roupas, as únicas coisas que trazia sempre consigo era a máquina fotográfica, roubada a um vizinho e a caixa das fotos que ia tirando.
No lar as pessoas que o acolheram pareciam bastante simpáticas mas ele sempre as ignorou. Entrava e sai sempre que lhe apetecia, não desejava mais do que uma cama e comida.
Dividia o quarto com dois rapazes, os mesmos que lhe roubaram a máquina fotográfica dois meses depois de ter chegado. Venderam-na numa casa de penhores para conseguir dinheiro para bebida e cigarros.
Quando Simão soube do sucedido pegou num taco de basebol e foi ao seu encontro. Eles começaram a rir, pois eram mais altos e mais pesados. Porém no final, foram levados para o hospital em duas ambulâncias, com os rostos desfeitos e irreconhecíveis.
Simão foi algemado e conduzido à esquadra.
Um policia informou-o que iria passar vários anos atrás das grades. Mas Simão não se mostrou receoso. Sabia o que o esperava. Pôs os olhos no chão e começou a chorar.
Simão - Eu não queria fazer aquilo. Mas eles roubaram-me a máquina fotográfica e eu disse que ia fazer queixa à assistente social. Eles iam matar-me. Tive medo. Um deles atacou-me… com uma faca.
Dito isto abriu o casaco e o polícia pôde comprovar a existência de sangue.
Simão foi levado para o hospital, tinha sido esfaqueado na barriga. O ferimento não fora muito grave pois segundo informou o polícia tinha conseguido libertar-se deles no último instante. O Polícia encontrou a faca no telhado do celeiro, no local exacto para onde Simão disse que vira um dos rapazes atirá-la.
No final quem foi levado para um centro de detenção juvenil foram os dois rapazes a quem ele bateu. Juraram a pés juntos que nunca tinham visto aquela faca, pelo que não poderiam ter ferido Simão.
O dono da casa de penhores afirmou que lhes tinha comprado a máquina fotográfica, o que fez com que ninguém acreditasse nos protestos dos dois.
Anos mais tarde viu um dos rapazes na vizinhança. Já era um homem mas assim que o viu ficou estarrecido. Simão limitou-se a rir e continuou o seu caminho, a recordar-se perfeitamente no golpe que infligira a si próprio com a maior das facilidades.
Ele sabia por experiência que todos os obstáculos podem ser ultrapassados. Lisa só precisava da pessoa certa para a ajudar. Juntos, estariam em condições de conseguir tudo. Necessitava que Lisa aceitasse aquilo que tinha para lhe oferecer.
Seria pedir muito?
Continua
Seg maio 24, 2010 5:54 pm por Regina
» Justin Bieber - New photoshoot 2010 .
Seg maio 24, 2010 2:55 am por Justin Bieber (L)
» História MM e LP - a fuga da Sofia
Seg maio 24, 2010 12:31 am por 99dark
» Parabééns Mégg!! :D
Seg maio 24, 2010 12:28 am por 99dark
» Presente!!! =D
Dom maio 23, 2010 9:38 pm por Rwforever
» nova historia --3 anos depois os camihos voltama cruzar-se...e agora?
Dom maio 23, 2010 8:14 pm por Liliana R
» Justin Bieber feat Soulja Boy - Rich Girl
Dom maio 23, 2010 1:11 pm por Justin Bieber (L)
» Ultimato feito por Todos para o bem de todos!!! :)
Qui maio 20, 2010 10:21 pm por J☮
» Chegar aos Mil!
Qui maio 20, 2010 12:27 am por J☮