Pouco tempo depois todos os amigos entraram no quarto.
Mia - Vocês são loucos ainda nos colocam a todos na rua.
Pedro - Vamos lá fazer pouco barulho.
Kika chamou Mia.
Kika - Ainda estás chateada comigo? - Disse com um olhar ternurento.
Mia - Claro que … não. Mas devia Frederica Vasconcelos. - Fez-lhe um sinal ameaçador com o dedo indicador. Kika sorriu. Mia fez o mesmo.
Não resistiram mais tempo e abraçaram-se.
Kika - Estás aqui desde manhã?
Mia - Sim, porquê?
Kika - Quer dizer que ainda não saíste deste quarto? Já comeste alguma coisa?
Mia - Ainda não.
Kika - Então anda daí. - Puxou-a pela mão.
Mia - Mas Kika não posso… não posso deixar aqui o Manuel.
Kika - Ele está bastante acompanhado não te preocupes.
Mia olhou à volta. Era uma realidade Manuel tinha o quarto cheio de gente. Além disso não conseguia nesta altura continuar a conversa que queria com ele.
Mia - Ok, mas muito rápido.
Sebastião viu as duas a sair e chamou-as.
Sebastião - Onde vão?
Kika - Vou com a Mia para ela comer qualquer coisa.
Sebastião - Eu acompanho-vos. Também tenho de me ir embora. Amanhã volto.
Mia deu-lhe mais um abraço.
Mia - Novamente, muito obrigado. - Depois afastou-se ligeiramente.
Sebastião colocou as mãos nos bolsos bastante envergonhado.
Sebastião - Cuidado daqui para a frente.
Kika - Igualmente, nunca se sabe o que uma pessoa como o Moura pode fazer.
Carlota - Vou entrar agora no quarto do Manuel. - Fez uma pausa a ouvir. - O médico foi lá dentro e retirou toda a gente do quarto, não pode haver tantas visitas ao mesmo tempo. - Nova pausa - Pelo que percebi visitas só amanhã e os amiguinhos tiveram de ir todos para casa. Uma pena! - Deu uma gargalhada vitoriosa. - Ouviu-se uma gargalhada do outro lado. A Mia deve estar a regressar do almoço mais aquela amiguinha gorda dela. Tenho de ir, depois digo como correu tudo. Desligou a chamada.
Seguiu na direcção do quarto em passo acelerado.
Depois de tanta visita e da cena complicada com Moura, o médico tinha achado Manuel muito agitado e tinha reforçado a dose de calmantes.
Manuel dormia agora profundamente.
Kika e Mia já estavam de volta quando repararam no Miguel.
Kika - Miguel de onde vens?
Miguel - Da casa de banho.
Mia - Eu vou ver como se estão a portar todos.
Miguel - Não vale a pena já lá não está ninguém.
Kika - Então?
Mia - Sim, que se passou? Aconteceu alguma coisa ao Manuel? - Agarrou o braço de Miguel com toda a força, como se isso o fizesse falar mais rápido. O seu coração batia agora desenfreadamente.
Miguel - Calma Mia. O médico descobriu aquela gente toda no quarto e colocou todos cá fora.
Kika - Já era de prever.
Mia - E onde foram todos?
Miguel - Para casa. Eu é que fiquei à espera da Kika.
Kika sorriu para ele.
Mia - Sendo assim eu vou voltar lá para dentro, quero ver como está o Manuel.
Miguel - Tem cuidado, o médico só permitiu mais visitas amanhã.
Mia - Mas a mim vai-me deixar entrar, afinal eu sou a Mia Rossi.
Riram os três.
Depois Mia seguiu o seu rumo.
Carlota estava à porta do quarto e quando viu Mia a aproximar-se, rapidamente foi sentar-se na cama de Manuel.
Elsa e Marco tinham decidido ir a pé para casa. Elsa adorava passear pela Vila. Marco não era muito dado a caminhadas mas acabou por lhe fazer a vontade.
Elsa - Marco…
Marco - Sim? - Olhou para ela e fê-la parar. Colocaram-se frente a frente. Marco pegou mesmo nas mãos de Elsa.
Elsa - Tenho andado a pensar num assunto e gostava de o partilhar contigo.
Marco - Sabes que podes sempre contar comigo.
Elsa - Sim eu sei. Por isso aqui vai. - Fez uma pausa. - Gostava muito de ser voluntária numa instituição de crianças abandonadas.
Marco olhou para ela fixamente. O orgulho que sentiu nesse momento, estava bem estampado no seu rosto. Puxou-a para si e abraçou-a.
Marco - Concordo plenamente.
Elsa - Cheguei à conclusão que posso ser muito útil numa instituição dessas. Afinal já passei pelo mesmo que aquelas crianças.
Marco - Neste momento sou o namorado com mais orgulho deste mundo.
Elsa - Deixa-te de tretas, não é nada demais.
Marco - Para ti pode não ser, mas para as crianças acredita que vai ser uma mais valia.
Elsa - Queria tratar desse assunto o quanto antes.
Marco - Que tal amanhã? Eu posso ajudar-te.
Elsa - De acordo.
Lisa e Pedro estavam num posto de abastecimento. Pedro estava a atestar o depósito. Lisa resolveu ir comprar uma garrafa de água.
Quando se ia a dirigir para a entrada da loja viu o carro de Simão. Estremeceu de medo. Olhou à sua volta mas nem sinal dele.
Ainda pensou em voltar para o carro mas não o fez. Como estava mais pessoas na loja achou que não haveria problema.
Já dentro da loja olhou em volta mas continuou a não deslumbrar o Simão. Estava a escolher a revista.
Simão - Olá Lisa!
Lisa não se voltou, tinha reconhecido perfeitamente a voz. Estremeceu de pânico - E agora?! - Pensou.
Simão - Quero pedir-te mais uma vez desculpa pelo que aconteceu hoje.
Sei que não tenho desculpa, mas…
Lisa manteve-se onde estava, não fez nem disse nada.
Quando Simão voltou a falar, fê-lo numa voz abafada.
Simão - A minha mãe morreu esta semana - murmurou. - Vinha de assistir ao funeral dela.
Lisa sentiu uma pressão no peito. Neste momento sentia-se a pior pessoa do mundo. Afinal ele só queria falar sobre a mãe.
Voltou-se então para ele. Mais uma vez reparou que os seus olhos estavam húmidos.
Abraçou-o com força.
Continua
Mia - Vocês são loucos ainda nos colocam a todos na rua.
Pedro - Vamos lá fazer pouco barulho.
Kika chamou Mia.
Kika - Ainda estás chateada comigo? - Disse com um olhar ternurento.
Mia - Claro que … não. Mas devia Frederica Vasconcelos. - Fez-lhe um sinal ameaçador com o dedo indicador. Kika sorriu. Mia fez o mesmo.
Não resistiram mais tempo e abraçaram-se.
Kika - Estás aqui desde manhã?
Mia - Sim, porquê?
Kika - Quer dizer que ainda não saíste deste quarto? Já comeste alguma coisa?
Mia - Ainda não.
Kika - Então anda daí. - Puxou-a pela mão.
Mia - Mas Kika não posso… não posso deixar aqui o Manuel.
Kika - Ele está bastante acompanhado não te preocupes.
Mia olhou à volta. Era uma realidade Manuel tinha o quarto cheio de gente. Além disso não conseguia nesta altura continuar a conversa que queria com ele.
Mia - Ok, mas muito rápido.
Sebastião viu as duas a sair e chamou-as.
Sebastião - Onde vão?
Kika - Vou com a Mia para ela comer qualquer coisa.
Sebastião - Eu acompanho-vos. Também tenho de me ir embora. Amanhã volto.
Mia deu-lhe mais um abraço.
Mia - Novamente, muito obrigado. - Depois afastou-se ligeiramente.
Sebastião colocou as mãos nos bolsos bastante envergonhado.
Sebastião - Cuidado daqui para a frente.
Kika - Igualmente, nunca se sabe o que uma pessoa como o Moura pode fazer.
Carlota - Vou entrar agora no quarto do Manuel. - Fez uma pausa a ouvir. - O médico foi lá dentro e retirou toda a gente do quarto, não pode haver tantas visitas ao mesmo tempo. - Nova pausa - Pelo que percebi visitas só amanhã e os amiguinhos tiveram de ir todos para casa. Uma pena! - Deu uma gargalhada vitoriosa. - Ouviu-se uma gargalhada do outro lado. A Mia deve estar a regressar do almoço mais aquela amiguinha gorda dela. Tenho de ir, depois digo como correu tudo. Desligou a chamada.
Seguiu na direcção do quarto em passo acelerado.
Depois de tanta visita e da cena complicada com Moura, o médico tinha achado Manuel muito agitado e tinha reforçado a dose de calmantes.
Manuel dormia agora profundamente.
Kika e Mia já estavam de volta quando repararam no Miguel.
Kika - Miguel de onde vens?
Miguel - Da casa de banho.
Mia - Eu vou ver como se estão a portar todos.
Miguel - Não vale a pena já lá não está ninguém.
Kika - Então?
Mia - Sim, que se passou? Aconteceu alguma coisa ao Manuel? - Agarrou o braço de Miguel com toda a força, como se isso o fizesse falar mais rápido. O seu coração batia agora desenfreadamente.
Miguel - Calma Mia. O médico descobriu aquela gente toda no quarto e colocou todos cá fora.
Kika - Já era de prever.
Mia - E onde foram todos?
Miguel - Para casa. Eu é que fiquei à espera da Kika.
Kika sorriu para ele.
Mia - Sendo assim eu vou voltar lá para dentro, quero ver como está o Manuel.
Miguel - Tem cuidado, o médico só permitiu mais visitas amanhã.
Mia - Mas a mim vai-me deixar entrar, afinal eu sou a Mia Rossi.
Riram os três.
Depois Mia seguiu o seu rumo.
Carlota estava à porta do quarto e quando viu Mia a aproximar-se, rapidamente foi sentar-se na cama de Manuel.
Elsa e Marco tinham decidido ir a pé para casa. Elsa adorava passear pela Vila. Marco não era muito dado a caminhadas mas acabou por lhe fazer a vontade.
Elsa - Marco…
Marco - Sim? - Olhou para ela e fê-la parar. Colocaram-se frente a frente. Marco pegou mesmo nas mãos de Elsa.
Elsa - Tenho andado a pensar num assunto e gostava de o partilhar contigo.
Marco - Sabes que podes sempre contar comigo.
Elsa - Sim eu sei. Por isso aqui vai. - Fez uma pausa. - Gostava muito de ser voluntária numa instituição de crianças abandonadas.
Marco olhou para ela fixamente. O orgulho que sentiu nesse momento, estava bem estampado no seu rosto. Puxou-a para si e abraçou-a.
Marco - Concordo plenamente.
Elsa - Cheguei à conclusão que posso ser muito útil numa instituição dessas. Afinal já passei pelo mesmo que aquelas crianças.
Marco - Neste momento sou o namorado com mais orgulho deste mundo.
Elsa - Deixa-te de tretas, não é nada demais.
Marco - Para ti pode não ser, mas para as crianças acredita que vai ser uma mais valia.
Elsa - Queria tratar desse assunto o quanto antes.
Marco - Que tal amanhã? Eu posso ajudar-te.
Elsa - De acordo.
Lisa e Pedro estavam num posto de abastecimento. Pedro estava a atestar o depósito. Lisa resolveu ir comprar uma garrafa de água.
Quando se ia a dirigir para a entrada da loja viu o carro de Simão. Estremeceu de medo. Olhou à sua volta mas nem sinal dele.
Ainda pensou em voltar para o carro mas não o fez. Como estava mais pessoas na loja achou que não haveria problema.
Já dentro da loja olhou em volta mas continuou a não deslumbrar o Simão. Estava a escolher a revista.
Simão - Olá Lisa!
Lisa não se voltou, tinha reconhecido perfeitamente a voz. Estremeceu de pânico - E agora?! - Pensou.
Simão - Quero pedir-te mais uma vez desculpa pelo que aconteceu hoje.
Sei que não tenho desculpa, mas…
Lisa manteve-se onde estava, não fez nem disse nada.
Quando Simão voltou a falar, fê-lo numa voz abafada.
Simão - A minha mãe morreu esta semana - murmurou. - Vinha de assistir ao funeral dela.
Lisa sentiu uma pressão no peito. Neste momento sentia-se a pior pessoa do mundo. Afinal ele só queria falar sobre a mãe.
Voltou-se então para ele. Mais uma vez reparou que os seus olhos estavam húmidos.
Abraçou-o com força.
Continua
EU MATO-A
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