Assim que chegou ao hospital Sara pediu para falar com o irmão a sós.
A mãe e Natalie concordaram e ficaram na sala de espera.
Sara - Olá mano, como estás?
Manuel inspirou.
Sara - Tiveste a chorar?
Manuel - Não achas?!
Sara - Parece-me…
Manuel - Mas é impressão tua.
Sara - Não me convences mas tudo bem não vou insistir. - Fez uma pausa e olhou para o irmão. - Já sei onde a Mia dormiu ontem…
Manuel super ansioso. - E foi onde? Conta, conta!
Sara - Em casa do vosso amigo Pedro.
Manuel - Em casa do Pedro?! Mas porquê? - Olhou para a irmã e outra dúvida surgiu no seu pensamento. - Quer dizer que ela não esteve aqui?
Sara - Nessa parte o teu instinto acertou em cheio, pois ela veio cá, como tinhas desconfiado.
Manuel bateu com a mão uma na outra. - Eu sabia, eu sabia!
Sara - A vossa relação é mesmo especial não é?
Manuel - Se é! - Os seus olhos brilhavam de felicidade. - Sabes Sara, existem vários amores… e existe um amor especial, apenas uma vez nas nossas vidas… este tipo de amor é incondicional e ele será para sempre… como uma marca cósmica, uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! Para mim foi difícil descobri-lo, discerni-lo. Mas a Mia é o meu amor especial… aquele amor que apenas sentirei um vez… Aquele amor que me fez ver que antes nunca tinha amado… o nosso amor fez-me perceber que um “amo-te” no momento certo basta… Ela é o amor da minha vida.
Sara estava comovida com as palavras do irmão.
Sara - Eu nunca te vi assim.
Manuel - Porque eu nunca estive assim… completamente apaixonado… rendido aos seus encantos.
Sara olhou novamente para ele, ia machucar o seu coração com o que tinha para lhe dizer, mas chegou à conclusão que era o melhor a fazer.
Sara - Infelizmente a Mia depois que saiu daqui passou por uma situação muito desagradável.
Manuel abriu muito os olhos. - O que foi?! Diz-me de uma vez!
Carlota e Moura estavam sentados numa pastelaria a beber um café.
Moura - Nem imaginas a cara dela de aflição… ela corria que nem uma louca.
Carlota deu uma gargalhada vitoriosa. - O que eu dava para estar lá nesse momento. Adorava ver a sua cara de pânico. - Deu nova gargalhada a imaginar a cena.
Moura - Ela estava desesperada, corria desgovernada à minha frente.
Carlota - Muito bem feita! Adorei a tua ideia!
Moura - Houve uma altura que até cheguei a ter pena dela.
Carlota - Não digas isso nem a brincar. Ela merece isto e muito mais!
Moura - O pior foi quando apareceu um cão vindo não sei de onde. Ai foi a minha vez de correr.
Carlota sorriu timidamente, notava-se que tinha um certo receio de Moura. - Também gostava de ter-te visto.
Moura olhou para ela com uma cara de poucos amigos. - Carlota não abuses!
Carlota - Calma, não disse por mal.
Moura - Acho bem. Vamos lá a despachar esse café, há muita coisa para fazer.
Carlota - É para já. - Meteu a chávena à boca e bebeu o resto do café. - Já podemos ir.
Levantaram-se os dois e dirigiram-se para a saída.
Carlota - E ela que achou?
Moura - Adorou a ideia, sabes tão bem como eu que ela, tal como nós quer vingar-se.
Carlota - Pois é, eu já calculava.
No seu quarto às escuras, Simão estava sentado na cama de costas para a cabeceira. Fechou as cortinas. O quarto ficou iluminado apenas por uma vela. Os pensamentos de Simão pertenciam a Lisa.
Ela tinha-se mostrado simpática no supermercado, mas bem viu que ficara contrariada por ter ido de encontro a ele.
Sabia quem ela era, conhecia-a melhor do que ela se conhecia a si mesma. Sabia por exemplo que neste preciso momento ela estava em casa de Pedro.
Desejava que ela fosse capaz de distinguir o que o mundo tinha para lhe dar, para dar aos dois. Não via que se continuasse com Pedro ele a arrastaria para baixo?
A sua vida podia ser o que ela quisesse que fosse. Como acontecia com a dele.
Manuel deu um murro na cama.
Estava furioso, danado, revoltado com o que Moura fizera na noite anterior a Mia. Estava completamente fora de si.
Sara pediu-lhe para ter calma e segurou-lhe na mão.
Manuel - Não me quero acalmar. Ajuda-me!!!
Sara nem estava a acreditar no que os seus olhos viam. Manuel estava deliberadamente a tentar levantar-se da cama.
Sara - Manuel pára!!
Sara tentava empurrá-lo para trás mas sem conseguir obter quaisqueres resultados. - Tu és doido! Deita-te!
Manuel - Nem pensar! Ela precisa de mim! Ele não lhe volta a tocar, a assustar… Eu vou dar cabo dele!
Sara - Deita-te Manuel!
Manuel - Não quero! - Gritou para ela. - Pára de me tentar deitar. Ajuda-me! A Mia precisa de mim!
Sara - Manuel!
Mas ele nesse momento não ouvia nada do que Sara lhe dizia, ele só tinha um objectivo sair daquela cama, daquele quarto, daquele hospital… ninguém o ia deter, ninguém…
Manuel - Se não me queres ajudar chama a mãe!
Sara - É mesmo o melhor, de certeza que ela te coloca juízo nessa cabeça.
Sara saiu do quarto e foi chamar a mãe.
Manuel a todo o custo tentava voltar-se na cama e assim conseguir sair da mesma.
Manuel estava a fazer um esforço maior que as suas capacidades permitiam, mas para ele esse esforço compensava tudo, afinal o que custa um esforço por amor?
Quando já faltava pouco para conseguir colocar as pernas fora da cama, a sua mãe entrou a porta.
Mãe - Pára Manuel! Queres dar cabo da tua vida?
Manuel - Eu preciso sair daqui mãe! - As lágrimas começaram a cair insistentemente cara abaixo.
Ao ver o seu esforço e ao reparar nas suas lágrimas a mãe também começou a chorar. Foi ao seu encontro.
Mãe - Vamos com calma. Explica-me tudo como deve de ser. E vamos lá colocar-te numa posição correcta.
Manuel - Mas depois tira-me daqui?
Mãe - Uma coisa de cada vez.
Continua
A mãe e Natalie concordaram e ficaram na sala de espera.
Sara - Olá mano, como estás?
Manuel inspirou.
Sara - Tiveste a chorar?
Manuel - Não achas?!
Sara - Parece-me…
Manuel - Mas é impressão tua.
Sara - Não me convences mas tudo bem não vou insistir. - Fez uma pausa e olhou para o irmão. - Já sei onde a Mia dormiu ontem…
Manuel super ansioso. - E foi onde? Conta, conta!
Sara - Em casa do vosso amigo Pedro.
Manuel - Em casa do Pedro?! Mas porquê? - Olhou para a irmã e outra dúvida surgiu no seu pensamento. - Quer dizer que ela não esteve aqui?
Sara - Nessa parte o teu instinto acertou em cheio, pois ela veio cá, como tinhas desconfiado.
Manuel bateu com a mão uma na outra. - Eu sabia, eu sabia!
Sara - A vossa relação é mesmo especial não é?
Manuel - Se é! - Os seus olhos brilhavam de felicidade. - Sabes Sara, existem vários amores… e existe um amor especial, apenas uma vez nas nossas vidas… este tipo de amor é incondicional e ele será para sempre… como uma marca cósmica, uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! Para mim foi difícil descobri-lo, discerni-lo. Mas a Mia é o meu amor especial… aquele amor que apenas sentirei um vez… Aquele amor que me fez ver que antes nunca tinha amado… o nosso amor fez-me perceber que um “amo-te” no momento certo basta… Ela é o amor da minha vida.
Sara estava comovida com as palavras do irmão.
Sara - Eu nunca te vi assim.
Manuel - Porque eu nunca estive assim… completamente apaixonado… rendido aos seus encantos.
Sara olhou novamente para ele, ia machucar o seu coração com o que tinha para lhe dizer, mas chegou à conclusão que era o melhor a fazer.
Sara - Infelizmente a Mia depois que saiu daqui passou por uma situação muito desagradável.
Manuel abriu muito os olhos. - O que foi?! Diz-me de uma vez!
Carlota e Moura estavam sentados numa pastelaria a beber um café.
Moura - Nem imaginas a cara dela de aflição… ela corria que nem uma louca.
Carlota deu uma gargalhada vitoriosa. - O que eu dava para estar lá nesse momento. Adorava ver a sua cara de pânico. - Deu nova gargalhada a imaginar a cena.
Moura - Ela estava desesperada, corria desgovernada à minha frente.
Carlota - Muito bem feita! Adorei a tua ideia!
Moura - Houve uma altura que até cheguei a ter pena dela.
Carlota - Não digas isso nem a brincar. Ela merece isto e muito mais!
Moura - O pior foi quando apareceu um cão vindo não sei de onde. Ai foi a minha vez de correr.
Carlota sorriu timidamente, notava-se que tinha um certo receio de Moura. - Também gostava de ter-te visto.
Moura olhou para ela com uma cara de poucos amigos. - Carlota não abuses!
Carlota - Calma, não disse por mal.
Moura - Acho bem. Vamos lá a despachar esse café, há muita coisa para fazer.
Carlota - É para já. - Meteu a chávena à boca e bebeu o resto do café. - Já podemos ir.
Levantaram-se os dois e dirigiram-se para a saída.
Carlota - E ela que achou?
Moura - Adorou a ideia, sabes tão bem como eu que ela, tal como nós quer vingar-se.
Carlota - Pois é, eu já calculava.
No seu quarto às escuras, Simão estava sentado na cama de costas para a cabeceira. Fechou as cortinas. O quarto ficou iluminado apenas por uma vela. Os pensamentos de Simão pertenciam a Lisa.
Ela tinha-se mostrado simpática no supermercado, mas bem viu que ficara contrariada por ter ido de encontro a ele.
Sabia quem ela era, conhecia-a melhor do que ela se conhecia a si mesma. Sabia por exemplo que neste preciso momento ela estava em casa de Pedro.
Desejava que ela fosse capaz de distinguir o que o mundo tinha para lhe dar, para dar aos dois. Não via que se continuasse com Pedro ele a arrastaria para baixo?
A sua vida podia ser o que ela quisesse que fosse. Como acontecia com a dele.
Manuel deu um murro na cama.
Estava furioso, danado, revoltado com o que Moura fizera na noite anterior a Mia. Estava completamente fora de si.
Sara pediu-lhe para ter calma e segurou-lhe na mão.
Manuel - Não me quero acalmar. Ajuda-me!!!
Sara nem estava a acreditar no que os seus olhos viam. Manuel estava deliberadamente a tentar levantar-se da cama.
Sara - Manuel pára!!
Sara tentava empurrá-lo para trás mas sem conseguir obter quaisqueres resultados. - Tu és doido! Deita-te!
Manuel - Nem pensar! Ela precisa de mim! Ele não lhe volta a tocar, a assustar… Eu vou dar cabo dele!
Sara - Deita-te Manuel!
Manuel - Não quero! - Gritou para ela. - Pára de me tentar deitar. Ajuda-me! A Mia precisa de mim!
Sara - Manuel!
Mas ele nesse momento não ouvia nada do que Sara lhe dizia, ele só tinha um objectivo sair daquela cama, daquele quarto, daquele hospital… ninguém o ia deter, ninguém…
Manuel - Se não me queres ajudar chama a mãe!
Sara - É mesmo o melhor, de certeza que ela te coloca juízo nessa cabeça.
Sara saiu do quarto e foi chamar a mãe.
Manuel a todo o custo tentava voltar-se na cama e assim conseguir sair da mesma.
Manuel estava a fazer um esforço maior que as suas capacidades permitiam, mas para ele esse esforço compensava tudo, afinal o que custa um esforço por amor?
Quando já faltava pouco para conseguir colocar as pernas fora da cama, a sua mãe entrou a porta.
Mãe - Pára Manuel! Queres dar cabo da tua vida?
Manuel - Eu preciso sair daqui mãe! - As lágrimas começaram a cair insistentemente cara abaixo.
Ao ver o seu esforço e ao reparar nas suas lágrimas a mãe também começou a chorar. Foi ao seu encontro.
Mãe - Vamos com calma. Explica-me tudo como deve de ser. E vamos lá colocar-te numa posição correcta.
Manuel - Mas depois tira-me daqui?
Mãe - Uma coisa de cada vez.
Continua
ando mais virada para esta!
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