Marco – Pois é.
Elsa – Não há como vir a pé e fazer exercício.
Lisa – Olhem para ali.
Olharam todos.
Mia estava a sair do hospital completamente descontrolada. Chorava imenso.
Lisa reparou que ela andava sem rumo em direcção a lugar nenhum.
Ao vê-la naquele estado sentiu compaixão por ela!
Mia continuou a andar sem olhar para o que se passava à sua volta. Dirigiu-se sem se aperceber para uma estrada.
Marco – Ela está doida! Mia, Mia! – Começou a gritar de aflição.
Pedro – Mia, olha o carro! Mia! – Também ele começou a gritar.
Lisa olhou para a Mia e depois para o carro. Mia nem deu pela aproximação do carro, continuava a chorar sem parar.
O carro ainda apitou mas de Mia não se obteve qualquer reacção.
Ela continuava a andar em direcção à estrada.
Sem pensar duas vezes Lisa desatou a correr. O carro começou a travar. Ouvia-se o som da travagem e via-se o fumo que saía dos pneus.
Lisa passou por uma pessoa, passou por duas, deu um salto pois estava um obstáculo no caminho. Mia andava sem parar.
Pedro – Lisa! Lisa! – Estava agora completamente assustado. Mas ela não deu sinais de querer abrandar.
Ficou imóvel, não estava a acreditar no que Lisa estava a fazer.
Ela também podia magoar-se.
Finalmente Mia ouviu a travagem do carro e parou. Ficou em choque. O carro não estava a conseguir parar e ela não se conseguia mexer.
Marco – Oh, não! Parou no meio da estrada!
Elsa – Mia anda, sai daí! Mexe-te!
Lisa apercebeu-se do bloqueio de Mia e ainda correu mais rápido.
– Eu tenho de conseguir, eu tenho de a salvar. Corre Lisa, corre. – Pensava enquanto olhava para ela e para o carro.
O carro estava a menos de dois metros de Mia e nem sinal de querer abrandar.
Ouviu-se um barulho. Logo seguido de um grito.
Pedro, Marco e Elsa, abriram a boca.
Não era possível!
Pedro ajoelhou-se no chão e deitou as mãos à cabeça.
Ficou sem palavras! E sem reacção!
Abundaram as lágrimas e o nozinho no peito.
Era um nó apertado, muito apertadinho, de alegria, de comoção, de gratidão. Mas também de estupefacção. Como? - Questionou-se. Como conseguiu ela tamanha proeza?
Chorava sim, mas de alegria.
A Lisa tinha conseguido, a sua Lisa tinha chegado a tempo de salvar Mia daquele carro. E também ela estava a salvo.
Elsa e Marco correram para as duas. Pedro seguiu-os logo a seguir, ainda tinha as pernas a tremer. Estava a relembrar a cena toda quando se lembrou do barulho que ouviu, só pode ter sido o carro a parar. – Pensou. – E o grito tinha sido da Mia.
Lisa e Mia estavam deitadas no chão. Depois do encontrão que tinha dado a Mia para a desviar do carro também ela com o impacto tinha acabado por cair.
Mia finalmente percebeu o perigo porque tinha passado. Pegou na mão de Lisa e olhou-a olhos nos olhos.
Mia – Muito obrigado, Lisa! Do fundo do meu coração.
Lisa sorriu.
Lisa – Sempre às ordens.
Mia – Espero não haver próxima vez! – Fez uma pausa. - E mais uma vez muito obrigado.
Sem hesitar abraçou-a com força.
Lisa olhou desconfiada para ela. Mas depois também retribuiu o abraço.
Era um simples abraço. Mas um abraço sincero.
O condutor saiu branco que nem cal do carro. Também ele estava completamente transtornado com a situação.
Manuel tinha o coração a chorar.
Assim que viu a mãe, a irmã e Natalie no quarto começou a limpar as lágrimas.
A mãe olhava para ele.
Estava preocupada e ainda se encontrava sem perceber nada do que se tinha passado.
Mãe – Afinal que se passou Manuel? Porque saiu a Mia daqui a correr?
Manuel – A Mia traiu-me mãe! Eu fui traído!
Sara – Não pode ser mano… A Mia?!
Manuel – Mas fez Sara, ela fez!
Natalie – Tem calma. Tudo se vai resolver, só tens de ter calma.
Mãe – A Natalie tem razão, tens de ter calma.
Manuel – Ela traiu-me mãe, a mim, a si, à Sara…
Olharam as duas admiradas para ele. Agora é que não percebiam mesmo nada. Porque razão elas também tinham sido traídas?
Manuel começou a contar tudo desde o início.
Pedro – Vocês estão bem? Lisa? Mia? – Olhou para uma e para outra à procura de algum indício de uma ferida.
Lisa – Tirando umas arranhadelas nos braços estou bem. – Deu-lhe a mão para a ajudar a levantar.
Marco – E tu Mia?
Mia – Tenho apenas uns arranhões mais nada. Mas estou bem graças à Lisa.
Elsa – O que te deu para fazeres uma coisa destas?
Mia – Nem eu sei… quer dizer até sei… mas não me apetece falar.
Elsa – Eu compreendo, mas se precisares desabafar podes contar comigo.
Lisa – E comigo.
Mia e Lisa trocaram um sorriso.
Lisa – Queres que te acompanhe? Para onde vais?
Mia – Para casa. Mas não é preciso eu vou sozinha.
Lisa – É melhor não. Eu faço questão de te acompanhar. Afinal podes precisar de mais um salvamento.
Novamente trocaram um sorriso, mas desta vez era um sorriso cúmplice.
Mia – Se não te fizer diferença.
Pedro – É melhor assim.
Lisa – Vamos. Até te vou contar a história do meu Dino.
Mia – Dino?! Mas quem é o Dino?
Lisa – Aquele ali.
Apontou para o cão.
Mia – Dino? Mas é teu?
Lisa – Mais ou menos, mas vamos que eu conto-te tudo pelo caminho.
Claro que o Dino seguiu as duas sempre a abanar a cauda.
Depois de Manuel ter contado tudo e depois de terem visualizado o vídeo que Carlota tinha trazido, havia um silêncio perturbante naquele quarto.
Sara – Será verdade Manuel? – Finalmente alguém teve a coragem de quebrar o silêncio.
Manuel – Tu viste as provas Sara…
Mãe – Não pode ser Manuel. O teu pai disse-me que o Afonso lhe tinha perdoado a dívida…
Manuel - Será que o pai lhe mentiu a si?
Mãe - Não Manuel, eu acredito que ele nunca me faria uma coisa dessas.
Natalie – Essa Carlota é de confiança?
Manuel ficou sem conseguir dizer nada. Lembrou-se de algumas das coisas que Carlota aprontou.
Natalie – É de confiança ou não?
Manuel – Quer dizer…
Sara – Já vi que não Manuel! – Falou mais alto para ele. – Como foste capaz de duvidar da Mia? És um parvo! – Nunca Sara tinha falado assim com o irmão, estava danada com ele, sentia-se revoltada.
Manuel – Sara! – Não estava a acreditar nos modos com que a irmã estava a falar com ele.
Sara – Nem sequer lhe deste o beneficio da dúvida!
Mãe - Acalmem-se os dois.
Os irmãos enfrentaram-se com o olhar.
Novamente houve um silêncio.
Manuel estava a viver um tormento. Cheio de certezas e ao mesmo tempo cheio de dúvidas. Não sabia o que pensar. Sentia a alma cansada.
De repente colocou a mão no peito. Uma dor implacável começou a sentir. Como uma flecha atirada cravada na carne sensível. Pensou que fosse desmaiar. A dor começou a aumentar e o Manuel não estava a aguentar. Fez uma cara de aflição. A mãe e a irmã ao vê-lo aproximaram-se sem hesitar.
A dor não passava, a dor estava a consumi-lo por dentro. Não estava a conseguir respirar.
Era uma dor imensa, uma dor intensa, era uma dor doída, uma dor de Amor.
- Mia, do teu amor nunca poderia ter duvidado! - Pensou para si.
Sentia-se culpado, tal como um condenado que tem uma pena a cumprir. Iria ser julgado por ser insensível, por não ter acreditado, por ser mau. - Ela nunca me vai perdoar!
Continuar
Seg maio 24, 2010 5:54 pm por Regina
» Justin Bieber - New photoshoot 2010 .
Seg maio 24, 2010 2:55 am por Justin Bieber (L)
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Seg maio 24, 2010 12:31 am por 99dark
» Parabééns Mégg!! :D
Seg maio 24, 2010 12:28 am por 99dark
» Presente!!! =D
Dom maio 23, 2010 9:38 pm por Rwforever
» nova historia --3 anos depois os camihos voltama cruzar-se...e agora?
Dom maio 23, 2010 8:14 pm por Liliana R
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Dom maio 23, 2010 1:11 pm por Justin Bieber (L)
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Qui maio 20, 2010 10:21 pm por J☮
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Qui maio 20, 2010 12:27 am por J☮