Dino levantou-se novamente e ficou imóvel, atento a todos os seus movimentos.
Desta vez Lisa reparou no cão e ficou arrepiada, tal como um frio que se sente na boca e que quase nos gela a alma!
Saíram do restaurante bastante animados, despediram-se com dois beijos na face e seguiram em direcções opostas.
Sentados no exterior do restaurante, ninguém se moveu um segundo sequer. Estavam todos com atenção ao que eles faziam. Quando desapareceram do seu alcance, Lisa suspirou de alívio, mais uma vez ele não tinha dado pela sua presença.
Marco – Então, vamos andando?
Pedro – É melhor. Daqui a pouco é hora de irmos visitar do Manuel.
Lisa – Sim, vamos. - Chamou o empregado e pediu a conta.
Mia assim que chegou ao seu quarto atirou-se para a cama.
Esteve assim alguns segundos e depois levantou-se apressadamente e foi tomar banho.
Mia - O Manuel está à minha espera!
As familiares de Manuel estavam cada uma em seu quarto.
Depois de um banho juntaram-se todas na sala, onde almoçaram de forma animada.
Como estou contente por as ter aqui comigo. – Pensou entre uma garfada e outra, enquanto olhava para a mãe de Manuel e para a irmã. Depois olhou para Natalie. A ti não, eu dispensava a tua companhia. – Fez uma careta interior.
Lino chegou à sala
Lino – Espero que esteja tudo do vosso agrado.
Mãe – Está tudo excelente, muito obrigado!
Mia – Lino antes de nos levares ao hospital preciso de ir a um sítio.
Lino – Com certeza menina.
Carlota – Eu não queria, Manuel… - Estava com lágrimas nos olhos fingindo-se muito preocupada.
Manuel – De uma vez por todas deixa-te de rodeios. – Estava a ficar cada vez mais enervado.
Carlota sentou-se a seu lado e tentou pegar-lhe na mão. Manuel não gostou do gesto e desviou-se. Carlota ficou a olhar para a sua mão vazia. Depois olhou para ele.
Manuel – Fala! – Gritou com ela.
Aí percebeu que ele não estava para brincadeiras.
Carlota começou então a dizer que tinha investigado a morte do seu pai.
Manuel estava muito atento. Não estava a acreditar no que estava a ouvir, no que estava a ver e principalmente no que estava a sentir. Mas nada disso importava neste momento.
Carlota – Eu queria ter a certeza que o pai da Mia não tinha nada a ver com a morte do teu pai…
Manuel interrompeu-a.
Manuel – Carlota cala-te! – Disse aos gritos.
Carlota – Tu tens de saber a verdade. Ele foi o culpado!
Manuel – Mentirosaaaaa! Eu vi provas. Li as provas. – Estava mais enervado que nunca. Fechou os punhos e deu um murro na cama.
Carlota – Foste enganado Manuel! Enganaram-te!
Manuel sentiu-se pior do que já estava.
Manuel – Não pode ser Carlota, eu vi…
Carlota – O pai dela foi o culpado Manuel. Eu tenho as provas verdadeiras.
Manuel estava em choque.
Neste momento Carlota começou a chorar de maneira descontrolada. Tirou o cd da mala e mostrou-lhe.
Carlota – Aqui tens a prova. Vê quando quiseres.
Passou-lhe o cd para a mão.
Assim que Manuel o recebeu, perdeu-se a olhar fixamente para ele. Sentiu-se tremer.
Carlota – A Mia sabe de tudo Manuel. Ela sempre soube. – Carlota tinha dado a facada final.
Manuel sente um gota cair...uma gota de cada vez...
Sente o momento da traição...traição...essa palavra não para de gritar na sua mente... traição....
Aparentemente sem motivo...!
Sente um terramoto dentro de si...
Lágrimas...chora sem cessar...
O seu coração sangra...sangue inocente...sangue de um apaixonado... sangue de uma pessoa traída….
Quando o viu a chorar olhou para o lado e fez um sorriso maquiavélico.
Virou-se para ele e continuou.
Carlota – Ela sempre soube de tudo… porque é que achas que foi ela que te mostrou as provas da inocência do Afonso?
Manuel não aguentou mais. Não queria ouvir mais nada.
Manuel – Sai Carlota! Sai daqui! – Gritou de dor.
Carlota – Quando tiveres coragem vê o cd.
E foi com estas palavras que se dirigiu para a porta e saiu.
Já sozinho no quarto, Manuel liberta um gemido de agonia.
Mia estava felicíssima, depois do almoço foram todas para o carro.
A meio do caminho Mia pediu a Lino para parar numa ourivesaria.
Dentro do carro olharam todas para ela.
Mia – Tenho de retribuir um pedido que recebi um dia destes.
Olharam ainda com mais estranheza, ninguém estava a perceber ao que Mia se referia.
Mas ela sabia que tinha de retribuir o convite de casamento que ele lhe tinha feito uns dias antes.
Super contente entrou na ourivesaria.
Ficou indecisa em duas alianças, uma muito discreta e outra bem mais composta cheia de brilhantes. Olhava para uma, olhava para a outra.
A dos brilhantes era mesmo a sua cara.
No final optou pela mais simples, de certeza que seria a escolha de Manuel.
Por ele, ela fazia tudo até abdicar de uma coisa que gostava muito.
Assim que entrou no quarto Mia dirigiu-se à cama e deu-lhe um beijo nos lábios.
Ele não teve qualquer reacção. Mia olhou fixamente para ele e notou os olhos vermelhos que pareciam arder. Tal como um inferno que as vistas invadem, queimando como um fogo suicida.
Mãe – Olá, filho como estás agora?
Manuel nem respondeu à mãe.
Manuel – Preciso de falar com a Mia a sós. – Disse enquanto não tirou os olhos dos dela.
Sem dizerem nada saíram do quarto. Finalmente estavam sozinhos.
Mia percebeu o seu olhar preocupado. Ainda colocou a mão na mala para tirar as alianças mas depois conteve-se.
Mia – Que tens amor? Estás a deixar-me assustada.
Manuel – Preciso do teu computador.
Mia – Claro, vou buscar em cima daquele móvel. – Até chegar ao móvel olhou várias vezes para ele, mas nem um sorriso, nem um movimento da sua parte.
Pediu a Mia que ligasse o computador e depois deu-lhe o cd.
Assim que o viu Mia sentiu-se morrer por dentro.
A Carlota, a Carlota esteve aqui! – Pensou em pânico.
Sentiu que o seu tempo acabou, sentiu-se derrotada, estava desanimada demais para viver.
Mia – Manuel, não vejas por favor!
Manuel – Cala-te Mia e coloca o cd. – Gritou com ela como nunca o tinha feito.
Mia – Manuel… começou a chorar.
Manuel – O cd Mia… - fez um olhar agressivo para ela.
Mia acabou por colocar o cd.
O que viram deixou os dois de rastos. A Mia não estava a acreditar, era a voz do pai, do seu pai.
Nessa gravação ele confessava que tinha pressionado o pai de Manuel até ele não aguentar mais. E como consequência tinha acabado por se matar.
Mia – É mentira Manuel, é mentira! O meu pai não era capaz de uma crueldade dessas! - Pegou na sua cara enquanto o dizia.
Manuel – Larga-me Mia, larga-me! - Afastou-lhe as mãos de forma agressiva.
Mia – Tu conheces o meu pai…
Manuel – Eu já não conheço ninguém. Nem a ti eu te conheço.
Mia – Tu vais acreditar numa coisa dessas?!
Manuel – É a voz do teu pai Mia. Até tu a reconheces-te.
Mia – Eu sei… mas não pode ser, não pode…
Choravam de mágoa.
Manuel – Sempre soubeste de tudo Mia, tu traíste-me! Fizeste de mim um trouxa.
Mia – Eu não sabia de nada Manuel. Nunca te trai! – Deu um grito de desespero. – Acredita em mim!
Manuel – Eu só acredito na verdade Mia! E a verdade é que o teu pai é um assassino! – Deu um novo murro na cama.
Mia levantou a mão para lhe dar um estalo mas ao vê-lo naquele estado não conseguiu. Encolheu a mão e sentou-se.
Mia – Foi a Carlota não foi Manuel? – Disse baixinho.
Manuel – O que é que isso interessa?
Mia – Para mim interessa muito. Foi ela?
Manuel – Sim foi.
Mia – E tu vais acreditar nela? Depois de tudo?
Manuel olhou para ela. Ela olhou para ele.
Manuel – Ela trouxe-me provas Mia.
Mia – Ela é uma mentirosa Manuel, sempre fez tudo para nos separar!
Manuel – Mas ela nunca iria chegar a tanto… Não se brinca com a morte de ninguém.
Mia – Ela é capaz de tudo. Acredita em mim!
Manuel – Por favor Mia sai do meu quarto. – Estava a ser intransigente.
Mia estremeceu. Não estava à espera de uma atitude destas. Sempre pensou que o seu amor e a confiança que tinham um no outro, era o suficiente. Mas não. Manuel estava a demonstrar que tudo o que tinham passado não tinha servido para nada.
Mia – Espero que nunca te venhas a arrepender.
Manuel – Chega Mia! Sai daqui, nunca mais te quero ver.
Mia – Eu odeio-te, Manuel! – Gritou tão alto que lá fora, a mãe de Manuel, a Sara e Natalie assustaram-se.
A mãe de Manuel levantou-se e foi na direcção do quarto.
Mia – Como és capaz de duvidar de mim, do meu amor…
A chorar desalmadamente saiu do quarto.
E no meio desta confusão Mia partiu sem se despedir, foi triste.
Se houvesse uma despedida talvez ainda fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de Carnaval. É melhor para os amantes pensarem que a última vez que se encontraram se amaram muito - depois apenas acontece que não se encontram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado - sem glória nem humilhação.
Continua
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