Assim que saiu o portão viu um cão. Tinha um pêlo espesso. Mas o que lhe despertou mais a atenção era ser feio, como o mais feio dos cães que alguma vez tinha visto. A cabeça era enorme, desproporcionada em relação ao resto do corpo. Ele deu pela sua presença e olhou para ela com olhos tristes e ramelosos.
Lisa – Olá, és muito feio sabias? Mas é isso que te faz especial!
O cão abanou-lhe a cauda. Parecia que tinha percebido o que ela tinha dito.
Lisa – Tens coleira, deves de ter fugido de algum quintal!
O cão voltou a abanar a cauda.
Lisa – Volta para casa.
Lisa voltou costas e começou a andar para casa de Pedro.
Sentiu uns passos atrás de si. Virou-se para ver o que era.
O cão segui-a.
Lisa – Não pode ser, não sou a tua dona, volta para casa.
O cão parou e sentou-se a ouvi-la atentamente.
Lisa – Será que tens fome? Tenho aqui uma sandes que não me apeteceu comer. Toma. – Atirou a sandes para o chão. O cão levantou-se e foi cheirar. Depois voltou a sentar-se a olhar para ela.
Lisa – Fome não tens! Mas tens de me desculpar, eu tenho mesmo de ir. Continuou o seu caminho. Deu uma gargalhada. – Só mesmo tu Lisa, para falares com um cão.
Novamente o cão seguiu-a. Ela começou a andar mais depressa para ver se o despistava, mas nada ele começou a acelerar sempre atrás dela.
Quando chegou a casa de Pedro olhou para trás. Lá estava o cão. Resolveu entrar. - Daqui a pouco já te vais embora. – Pensou.
Carlota – Estás bem Manuel?
Manuel – Sim.
Carlota – Ontem estive cá para te ver, mas estavas a dormir.
Aproximou-se da cama. Agarrou-lhe a mão.
Carlota – Estou tão preocupada contigo… - Mia olhou fixamente para a mão dos dois, sentiu um aperto no coração, mas nada disse. Sem que se tenha apercebido do olhar de Mia, num impulso Manuel retirou a sua mão.
Manuel – Agradeço a tua preocupação, mas não é preciso.
Carlota – Precisas de alguma coisa? De alguma ajuda da minha parte?
Manuel – Não. – Disse secamente. – Estava a ficar aborrecido com tanta pergunta. Além disso estava de pé atrás com a sua visita. Primeiro acorda-me a bater palmas e agora está toda cheia de cuidados comigo. - Pensou
Ao assistir à conversa dos dois Mia sentia-se como uma mera espectadora de um filme. Ainda não tinha dito nada.
Carlota – Preciso mesmo de falar contigo... – Parou de falar por uns momentos e olhou para Mia, fingindo um olhar muito preocupado. – … Uma coisa muito importante. Mia suspirou fundo não estava a acreditar na falsidade de Carlota.
Manuel – Soube que foste testemunha do que me aconteceu, é sobre isso?
Carlota – Não.
Mia ai apercebeu-se que só podia ser sobre o pai dele. Levantou-se da cama. Ela não podia deixar que ela lhe contasse.
Mia – Por favor Carlota, seja o que for, respeita o estado em que o Manuel se encontra!
Carlota – Tem de ser agora. O Manuel tem de saber toda a verdade!
Manuel – Mas que verdade?!
Mia – Não queiras saber Manuel, deve ser alguma coisa para te chatear, sabes como é a Carlota.
Carlota – Ele não pode viver no engano.
Mia estava a entrar em pânico, Carlota não estava com intenções de desistir. Trocou um olhar com Manuel. Ele sabia pelo seu olhar que algo se passava, mas o quê?
Manuel – Mia, tu sabes do que se trata?
Mia nem teve tempo de responder pois Carlota foi mais rápida que ela.
Carlota – Claro que sim. Por isso é que não quer que tu saibas!
Manuel – Não estou a perceber nada! Qual das duas vai contar o que se passa? - Começou a tossir devido ao esforço.
Carlota – Eu. Afinal foi para isso que vim.
Mia olhou para Carlota. Ela fez um sorriso traiçoeiro. Mia odiava-a com toda a sua força!
Carlota – Manuel o…
Mia – Para Carlota! Acaba com as tuas mentiras!
Sem hesitar, tal como um leão ataca a sua presa, aproximou-se dela e agarrou-a pelo braço. Apertou-a até não conseguir mais. Carlota fez uma expressão de dor. Tentou soltar-se mas Mia não o permitiu, neste momento tinha ganho forças para lutar, lutar por si, pela sua família e sobretudo pelo Manuel.
Mia – Não te vou permitir nem agora nem nunca.
Carlota – Nunca vais conseguir calar-me! A expressão de dor deu lugar a uma expressão de raiva.
Estavam frente a frente a enfrentarem-se.
Mia ainda agarrava Carlota por um braço.
Mia – Fora deste quarto. - Disse com os dentes quase a ranger.
Carlota deu uma gargalhada.
Gargalhada essa que fez Mia apertar-lhe com mais força o braço.
Carlota - A violência não leva a lado nenhum.
Mia - Por vezes não há outro remédio.
Carlota - Deixa-te de filosofias Mia! Chega de querer atrasar o que eu tenho de contar ao Manuel.
Manuel - Afinal o que se passa?!
Carlota - Tens toda a razão, o que eu venho dizer-te tem a ver com o teu…
Nisto a porta abre-se.
Olham todos nessa direcção.
- Manuel meu filho!!! - Começou a chorar.
Manuel - Oh, Mamã! Que saudades!! - Também ele deixou cair umas lágrimas com a emoção.
Sara - Mano, já estamos aqui!
Correram as duas para um abraço familiar.
Mia largou Carlota, pelo menos por agora ela ia-se manter calada.
Carlota com o aparecimento da mãe e da irmã de Manuel não sabia como agir por isso achou melhor sair sem que ninguém desse por isso.
Manuel - Mia aproxima-te, também fazes parte deste abraço.
Mia aproximou-se timidamente.
Manuel - Mãe e Sara esta é a Mia, a mulher por quem me apaixonei perdidamente, a mulher da minha vida.
Abraçaram-se os quatro. Trocando sorrisos entre si.
Continua
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