Mia deixou-se cair para trás na cama.
A felicidade estava estampada no rosto.
Pegou na carta e beijou-a vezes sem fim.
Relembrou-se da noite anterior. E de todas as noites em que não teve a sua companhia ao seu lado. Das noites em que os seus pés deixaram de se tocar, despidos, por baixo do cobertor. Das noites em que se perdia a olhar para ele, a vê-lo dormir. Nessas alturas quase que parava de respirar para não o acordar.
Sentia saudades das tardes inteiras que passavam deitados a namorar.
Quando andava a brincar com Dino no jardim Lisa ouviu o seu telemóvel tocar. Correu para casa. Deve de ser a minha mãe, pensou.
Ultimamente a mãe falava com ela frequentemente.
Levou o telemóvel ao ouvido. - Estou!
Não obteve resposta, embora lhe parecesse que a ligação continuava.
- Estou! - repetiu.
Nada. Lisa desligou assim o telemóvel. Voltou-se na direcção do jardim para perto ir de novo brincar com Dino. Porém, mal tinha chegado à porta, o telemóvel tocou de novo e ela voltou para trás. Uma vez mais, silêncio do outro lado. Só que desta vez, antes de desligar o telemóvel, pareceu-lhe ouvir um estalido fraco quando o outro telefone foi desligado.
Manuel conseguiu entrar no hospital e no seu quarto sem qualquer problema.
Assim que entrou no quarto despiu a roupa o mais rápido que pode e vestiu o pijama. Com alguma dificuldade subiu para a cama e deitou-se.
Precisava de descansar. Além da loucura que tinha cometido ao andar durante tanto tempo não tinha pregado olho durante toda a noite.
Abriu a boca e bocejou de sono.
- Acho que vou dormir!
Uma enfermeira entrou no quarto.
Enfermeira - Bom dia. Manuel.
Manuel - Bom dia. - Mesmo a tempo, pensou.
Enfermeiro - Dormiu bem?
Manuel - Como um Anjo.
Enfermeira - Vamos aos nossos exames diários.
Manuel - Tem mesmo de ser?
Enfermeira - Claro que sim.
Manuel - Acha que ainda vou ficar aqui muito tempo internado?
Enfermeira - Já está chateado?
Manuel - Quero sair daqui. Poder ser livre de novo, poder voar…
Enfermeira - Voar!? - Ficou pensativa a olhar para ele.
Manuel não respondeu.
Enfermeira - Pelo que eu li nos relatórios do médico não deve faltar muito. Um, dois dias. - Acabou por responder.
Manuel - Que bom! - Disse ainda mais contente.
Enfermeira - Agora posso continuar? Posso medir a sua tensão?
Manuel - É melhor em último. Com a noticia que me deu tenho o coração a bater loucamente.
Os dois sorriram.
Enfermeira - Fica combinado.
Sara bate na porta de Mia.
Sara - Posso Mia?
Mia - Claro, entra.
Sara assim fez. Mia ainda estava deitada.
Sara - Desculpa não sabia que ainda estavas deitada.
Mia fez-lhe sinal para ela se aproximar. - Não faz mal estou mesmo na ronha, já dormi o que tinha a dormir.
Sara - Quero informar-te de uma coisa.
Mia olhou para ela curiosa.
Mia - Alguma coisa do Manuel?
Sara - Não. Da Natalie.
Mia - O que se passa com ela?
Sara - Vai regressar a Paris.
Mia - Que maravilha!! - Dava pulinhos de alegria na cama. - Depois parou de repente e olhou para Sara.
Mia - Desculpa, eu sei que ela é tua amiga. - Colocou a mão na boca.
Sara - Não faz mal. Até estou contente com o seu regresso. Ela só tem feito porcarias.
Mia - Porcarias?! Como assim?!
Sara contou-lhe o que Natalie tinha dito ao Manuel no dia anterior.
Mia - Aquela francesa de um raio!
Sara - O meu irmão correu com ela do quarto.
Mia - Não esperava outra coisa do meu Manuel.
Sara - Meu Manuel?! Não estou a perceber!
Mia escondeu a cara de vergonha.
Mia - É uma maneira de dizer.
Sara - Mia, Mia… O que se passou?! Já o perdoas-te? Foste ao hospital falar com ele? - Estava curiosa com o que se tinha passado.
Mia - Não sei se posso…
Sara - Dizes só se quiseres.
Mia fez beicinho. Depois sorriu.
Mia - Eu estou tão feliz que preciso de partilhar com alguém. Prometes não contar a ninguém?
Sara - Claro que sim.
Mia - Prometes também que não te vais zangar com ele?
Sara olhou para ela novamente desconfiada.
Mia - Prometes ou não?
Sara - Tem mesmo de ser?
Mia - Sim. - Disse Mia super contente, novamente aos saltos na cama.
O dia passou sem qualquer percalços.
Só que ao final do dia, Lisa e Pedro tiveram uma visita inesperada.
Junto com o pai de Pedro vinha também Patrícia.
Precisavam de acabar uns relatórios e ele decidiu fazer os mesmos em casa.
Assim que a empregada ia a fechar a porta, alguém colocou o pé para não fechar a mesma.
A casa ficou em silêncio absoluto.
Lisa e Pedro trocaram um olhar de revolta.
Simão estava ali a olhar para eles. Vinha de óculos escuros. Dino apareceu atrás de si, atento a todos os seus movimentos.
Lisa - Simão? - Disse Lisa como que a medo.
Simão - Olá Lisa. Como estás?
Não havia qualquer razão para ser malcriada, mas também não lhe agradava ficar ali a trocar amabilidades.
Sabia que numa vila pequena, era normal as pessoas se encontrarem esporadicamente como já tinha acontecido com os dois, mas não lhe agradava minimamente a ideia de ele estar ali.
Pedro - O que queres? - Disse furioso.
Simão retirou os óculos e sorriu. Depois falou com uma voz suave.
- Vim acompanhar a Patrícia, vou ficar à sua espera.
Pedro - Então espera lá fora! - Apontou para a saída.
Sérgio - Não sejas assim. O Simão pode ficar na sala.
Pedro olhou para o pai mas sem resultado. Sérgio fez uma cara feia.
Lisa pegou Pedro pela mão.
Lisa - Anda! Vamos subir.
Simão fez um sorriso vitorioso.
Pedro ia danado, assim que entraram no quarto este bateu com a porta.
Pedro - Odeio aquele gajo!!! Sempre a olhar para ti!!!
Lisa - Sabes uma coisa? Acho que ficas lindo quando estás com ciúmes.
Pedro - Eu não estou com ciúmes.
Lisa - É claro que estás. Mas não te preocupes acho-te sempre bonito.
Lisa beijou-o. Pela primeira vez desde que se tinha encontrado com Simão, Pedro sentia-se mais descontraído.
No jardim Dino rosnava sem parar.
A porta do quarto de Manuel abriu. Uma cabeça espreitou para um lado e depois para outro. Saiu. Discretamente começou a andar pelos corredores do hospital. Sem mais demoras meteu-se no elevador e pouco depois saiu do edifício. Com um passo mais acelerado caminhou em direcção ao Amor.
Queria fazê-la feliz, tomar conta de tudo por um momento, queria que ela lhe passasse o volante e o deixasse tomar o rumo das suas vidas, viajar nos seus sonhos e na sua imaginação.
Levá-la a conhecer o seu mundo, onde quem manda é o seu coração.
Ele sabia bem qual o caminho do Amor e seguia na sua direcção.
Continua
A felicidade estava estampada no rosto.
Pegou na carta e beijou-a vezes sem fim.
Relembrou-se da noite anterior. E de todas as noites em que não teve a sua companhia ao seu lado. Das noites em que os seus pés deixaram de se tocar, despidos, por baixo do cobertor. Das noites em que se perdia a olhar para ele, a vê-lo dormir. Nessas alturas quase que parava de respirar para não o acordar.
Sentia saudades das tardes inteiras que passavam deitados a namorar.
Quando andava a brincar com Dino no jardim Lisa ouviu o seu telemóvel tocar. Correu para casa. Deve de ser a minha mãe, pensou.
Ultimamente a mãe falava com ela frequentemente.
Levou o telemóvel ao ouvido. - Estou!
Não obteve resposta, embora lhe parecesse que a ligação continuava.
- Estou! - repetiu.
Nada. Lisa desligou assim o telemóvel. Voltou-se na direcção do jardim para perto ir de novo brincar com Dino. Porém, mal tinha chegado à porta, o telemóvel tocou de novo e ela voltou para trás. Uma vez mais, silêncio do outro lado. Só que desta vez, antes de desligar o telemóvel, pareceu-lhe ouvir um estalido fraco quando o outro telefone foi desligado.
Manuel conseguiu entrar no hospital e no seu quarto sem qualquer problema.
Assim que entrou no quarto despiu a roupa o mais rápido que pode e vestiu o pijama. Com alguma dificuldade subiu para a cama e deitou-se.
Precisava de descansar. Além da loucura que tinha cometido ao andar durante tanto tempo não tinha pregado olho durante toda a noite.
Abriu a boca e bocejou de sono.
- Acho que vou dormir!
Uma enfermeira entrou no quarto.
Enfermeira - Bom dia. Manuel.
Manuel - Bom dia. - Mesmo a tempo, pensou.
Enfermeiro - Dormiu bem?
Manuel - Como um Anjo.
Enfermeira - Vamos aos nossos exames diários.
Manuel - Tem mesmo de ser?
Enfermeira - Claro que sim.
Manuel - Acha que ainda vou ficar aqui muito tempo internado?
Enfermeira - Já está chateado?
Manuel - Quero sair daqui. Poder ser livre de novo, poder voar…
Enfermeira - Voar!? - Ficou pensativa a olhar para ele.
Manuel não respondeu.
Enfermeira - Pelo que eu li nos relatórios do médico não deve faltar muito. Um, dois dias. - Acabou por responder.
Manuel - Que bom! - Disse ainda mais contente.
Enfermeira - Agora posso continuar? Posso medir a sua tensão?
Manuel - É melhor em último. Com a noticia que me deu tenho o coração a bater loucamente.
Os dois sorriram.
Enfermeira - Fica combinado.
Sara bate na porta de Mia.
Sara - Posso Mia?
Mia - Claro, entra.
Sara assim fez. Mia ainda estava deitada.
Sara - Desculpa não sabia que ainda estavas deitada.
Mia fez-lhe sinal para ela se aproximar. - Não faz mal estou mesmo na ronha, já dormi o que tinha a dormir.
Sara - Quero informar-te de uma coisa.
Mia olhou para ela curiosa.
Mia - Alguma coisa do Manuel?
Sara - Não. Da Natalie.
Mia - O que se passa com ela?
Sara - Vai regressar a Paris.
Mia - Que maravilha!! - Dava pulinhos de alegria na cama. - Depois parou de repente e olhou para Sara.
Mia - Desculpa, eu sei que ela é tua amiga. - Colocou a mão na boca.
Sara - Não faz mal. Até estou contente com o seu regresso. Ela só tem feito porcarias.
Mia - Porcarias?! Como assim?!
Sara contou-lhe o que Natalie tinha dito ao Manuel no dia anterior.
Mia - Aquela francesa de um raio!
Sara - O meu irmão correu com ela do quarto.
Mia - Não esperava outra coisa do meu Manuel.
Sara - Meu Manuel?! Não estou a perceber!
Mia escondeu a cara de vergonha.
Mia - É uma maneira de dizer.
Sara - Mia, Mia… O que se passou?! Já o perdoas-te? Foste ao hospital falar com ele? - Estava curiosa com o que se tinha passado.
Mia - Não sei se posso…
Sara - Dizes só se quiseres.
Mia fez beicinho. Depois sorriu.
Mia - Eu estou tão feliz que preciso de partilhar com alguém. Prometes não contar a ninguém?
Sara - Claro que sim.
Mia - Prometes também que não te vais zangar com ele?
Sara olhou para ela novamente desconfiada.
Mia - Prometes ou não?
Sara - Tem mesmo de ser?
Mia - Sim. - Disse Mia super contente, novamente aos saltos na cama.
O dia passou sem qualquer percalços.
Só que ao final do dia, Lisa e Pedro tiveram uma visita inesperada.
Junto com o pai de Pedro vinha também Patrícia.
Precisavam de acabar uns relatórios e ele decidiu fazer os mesmos em casa.
Assim que a empregada ia a fechar a porta, alguém colocou o pé para não fechar a mesma.
A casa ficou em silêncio absoluto.
Lisa e Pedro trocaram um olhar de revolta.
Simão estava ali a olhar para eles. Vinha de óculos escuros. Dino apareceu atrás de si, atento a todos os seus movimentos.
Lisa - Simão? - Disse Lisa como que a medo.
Simão - Olá Lisa. Como estás?
Não havia qualquer razão para ser malcriada, mas também não lhe agradava ficar ali a trocar amabilidades.
Sabia que numa vila pequena, era normal as pessoas se encontrarem esporadicamente como já tinha acontecido com os dois, mas não lhe agradava minimamente a ideia de ele estar ali.
Pedro - O que queres? - Disse furioso.
Simão retirou os óculos e sorriu. Depois falou com uma voz suave.
- Vim acompanhar a Patrícia, vou ficar à sua espera.
Pedro - Então espera lá fora! - Apontou para a saída.
Sérgio - Não sejas assim. O Simão pode ficar na sala.
Pedro olhou para o pai mas sem resultado. Sérgio fez uma cara feia.
Lisa pegou Pedro pela mão.
Lisa - Anda! Vamos subir.
Simão fez um sorriso vitorioso.
Pedro ia danado, assim que entraram no quarto este bateu com a porta.
Pedro - Odeio aquele gajo!!! Sempre a olhar para ti!!!
Lisa - Sabes uma coisa? Acho que ficas lindo quando estás com ciúmes.
Pedro - Eu não estou com ciúmes.
Lisa - É claro que estás. Mas não te preocupes acho-te sempre bonito.
Lisa beijou-o. Pela primeira vez desde que se tinha encontrado com Simão, Pedro sentia-se mais descontraído.
No jardim Dino rosnava sem parar.
A porta do quarto de Manuel abriu. Uma cabeça espreitou para um lado e depois para outro. Saiu. Discretamente começou a andar pelos corredores do hospital. Sem mais demoras meteu-se no elevador e pouco depois saiu do edifício. Com um passo mais acelerado caminhou em direcção ao Amor.
Queria fazê-la feliz, tomar conta de tudo por um momento, queria que ela lhe passasse o volante e o deixasse tomar o rumo das suas vidas, viajar nos seus sonhos e na sua imaginação.
Levá-la a conhecer o seu mundo, onde quem manda é o seu coração.
Ele sabia bem qual o caminho do Amor e seguia na sua direcção.
Continua
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