Desculpem a história não estar nada de mais e um pouco grande, para vocês lerem ou não. Gostava que fosse postada separada como uma historia normal e que fosse mais distanciada dos acontecimentos, mas, não faz mal. Escrevi de uma maneira diferente, mais baseada na descrição. Lisa- Era uma rapariga entre os seus 17/18 anos, andava no 12º ano e a sua personalidade era inexplicável. Musica e dança era o seu título, extravagante nas suas atitudes e explosiva era os argumentos que lhe constituíam.
Pedro- De igual idade. Era da mesma turma de Lisa e restantes colegas. Aparentava uma beleza incondicional, uns olhos azul do céu que desfaziam pára-raios. Era bastante popular, comparava-se já como uma mobília no prestige school e era um aluno exemplar, a contrariar, sempre que podia não deixava de beber uns copos e acabar a noite ao lado de uma rapariga.
Uma agressividade aqui, Um sentimento ali
Primeiro e ultimo episodio
Era o inicio das aulas, nos lados da Ericeira. Milhares e milhares de pessoas já tinham entrado nas suas escolas para mais um ano cheio de sabedoria e emoções á mistura. Lisa por seu lado, evitava sair do carro da mãe. Escola nova? Amigos foleiros? E pitas irritantes? Não era bem o que a Lisa queria tirar de bom da sua ida para o Prestige School. Mas não teve outra saída, por outro lado, era o melhor que fazia, pois aturar a sua mãe sempre a melgar-lhe a cabeça não era de certeza o seu passatempo favorito. Saiu e avistou o belo casario que seria daqui para a frente, a sua "casa".
Lisa: Para uma escola isto até superou as minhas expectativas.
Sónia de olhos postos nas pessoas que faziam monte a pedirem-lhe autógrafos e fotografias, ignorou o que Lisa lhe tinha dito. Lisa subiu as escadas, era o que tinha de ser feito. Parou, virou costas e viu a grande floresta que "escondia" de um certo modo o local aonde se situava. Entrou. Eram imensas as pessoas que estavam de malas postas no átrio da escola, á espera de ouvirem o seu nome e se deslocarem ao quarto. A expressão de Lisa era no mínimo deprimente, fazia uma cara de quem não estava para amar, revirava os olhos e estabelecia seguidamente uma postura Scott. Mal avistou as suas amigas de quarto nem quis acreditar, Íris e Elsa? Era como se as tivesse a ver em pequeninas. Apesar de já terem passado quase 8 anos, elas continuavam super ligadas. Lisa suspirou, afinal não era assim tão mau, ter ido para aquela escola. Passados dias, semanas, até mesmo meses (mas poucos) Lisa já se tinha ambientado, raramente falava com a mãe e sempre que lhe dirigia a palavra chateava-se logo. Pedro era o mesmo de sempre, miúdas para aqui, miúdas para ali mas a sua atenção desde o inicio do ano era Lisa, aquela beleza que ela continha e a personalidade que estabelecia era sem dúvida um chamamento para ele. Lisa vice-versa. Lisa adorava olhar para Pedro apesar de incomodativo por ser um "típico" rapaz que mal acabava com uma, ia para outra, ela adorava admirar o anormal que ele continha dentro dele que era como um íman para Lisa.
Pedro não quis esperar, numa aula de educação física, Pedro decidiu chegar-se á frente para fazer dupla mista de voleibol com Lisa.
Prof. Dulce: Pessoal, já aqueceram? Cheguem aqui! Hoje, recebemos um convite. A escola dos Remamos, decidiram juntar-se a nós num dia para realizarmos um torneio de voleibol, duplas mistas.
Mia (entusiasmada): Ai não posso professora! Está a brincar? Mas isso é de must.
Íris: É uma espécie de convívio com as pessoas da outra escola?
Gui (para Tomas e Pedro aparte): Eu digo-lhes o convívio. Só espero que as garinas de lá venham todas muito bem aprontadas com mini calçõezinhos e uns topos a condizer. Já estou mesmo a imaginar
Prof: Sim, é uma espécie de tal. Portanto eu quero que todos vocês se inscrevam. Quero todos a participar!
Lisa: Mas... Oh professora tem mesmo de ser? Não me aptece nada ter que passar um dia colegial dos pequeninos principalmente a jogar á bola ou voleibol ou lá o que é.
Prof: Mas é obvio que tem de ser Scott. Vejam isto como uma oportunidade de se mostrarem superiores a eles. Juntem-se e decidem com quem ficar.
Pedro (hesitando): Professora?
Prof: Sim Pedro?
Pedro: Eu fico já com a Lisa.
Prof: Muito bem, acho uma excelente escolha.
Lisa (aparte): Oh bonequinho é que nem penses! Para além disso... Eu ... não… sei jogar nada bem.
Pedro (carinhoso): Não faz mal. O que importa é participar e estarmos juntos... quer dizer, jogarmos juntos. Depois destas discussões todas acho que devíamos fazer algo diferente.
Lisa: Odeio quando tentas ser assim. Tão atencioso, e tão monótono. Se pensas que me agarras como agarraste as outras raparigas estás enganado. Eu não sou dessas!
Pedro magoado de um certo modo virou costas e foi ter com Tomas e Gui que estavam a ditar a sua dupla para a professora. Lisa seguia-o com os olhos nem ela mesmo acreditava que tinha ficado com ele nas duplas, ela sentia-se frustrada pior coisa não lhe podia ter calhado apesar de o admirar, não o suportava. E a aula prosseguiu, treinaram em duplas para que pudessem brilhar daqui a 3 dias contra a outra escola. Lisa era a mais contrariada, quase não se mexia nem tirava nos pés do chão, postura á Scott, perna em repouso, braços cruzados e olhos revirados e por vezes uma bocas indirectas para Pedro que as vezes quase só faltava uma chapada aqui e um murrito ali para tudo acalmar.
3 dias depois terá chegado o dia. Lisa e Pedro já se davam melhor, as conversas deles agora já não chegavam á violência apenas ficava pelas bocas e pelas indirectas. Apesar de isso ter melhorado as guerras ainda se geravam entre eles os dois. Os outros alunos já estavam no local do torneio e os alunos do prestige para lá caminhavam.
Mia (excitadíssima): Ai Manel eu nem acredito que vou jogar contigo, contra aquela gente que usa tudo roupa barata sem charme nenhum. Vamos brilhar
Lisa (já no outro lado): Eu não me acredito que para além de ter de jogar o dia todo sem podermos sair daqui ainda vou ter de jogar ao teu lado.
Pedro (parando-a e fazendo-a olhar para ele): Eu não te obrigo a nada. Não queres jogar, não jogues. Queres ir-te embora, vai, agora estou farto que me trates assim. Pensei que já tínhamos falado sobre isso. Que mal é que eu te fiz? ... Eu queria muito que tu alguma vez fechasses essa tua agressividade toda comigo e me fizesses companhia num dia maravilhoso como este, e o "festeja-se-mos" juntos.
Lisa: Oh Pedro poupa-me, nós nunca nos vamos dar tão bem assim!
Pedro: Porque tu também não queres!
Lisa: Porque tu também não queres!
Pedro: Acabei de te dizer que quero que tu pelo menos hoje, me deixes dar contigo. Porra Lisa, custa-te assim tanto? Depois não me admira que ninguém te queira como me querem a mim.
Pedro queria-se desculpar pelo que tinha dito, mas nada havia a fazer, ele tinha dito e sabia-o muito bem que as pessoas todas em seu redor a olhavam de cima a baixo como se a estivessem a examinar de forma a deseja-la para eles. Lisa reflectindo não respondeu e Pedro virou as costas o que fez com que Lisa visse de uma vez por todas aquilo que não queria ver.
Lisa: Espera
Pedro (parou mas nem se virou): Sim?
Lisa: Eu vou jogar contigo.
Pedro (virando-se com o maior sorriso possível de conquista): Obr...
Lisa (interrompendo): Eu vou esquecer o que dizeste… Mas! Com uma condição. Só se nós os dois dermos uma cabaçada a todos aqueles que nos aparecerem á frente.
Pedro (entusiasmado): Está prometido!
E assim foi. Mais uma discussão, mas foi resolvida. Estariam aqueles os dois a desenlaçar uma coisa que é impossível aparecer ou será que eles os dois estão a descobrir o que os seus corações lhes estão a desvendar aos poucos? Seguiram caminho, separados, encontraram-se junto ao grupo do 12ºano. Recolheram as informações da Prof Dulce e rapidamente se desfizeram em grupos e desapareceram entre as imensas pessoas que se amontoavam naquele dia no Prestige. Na ala das raparigas estavam todas juntas a experimentar os equipamentos que iriam vestir, uns calções super curtinhos e uma tshirt com o seu nome, para poderem jogar, cada dupla tinha uma cor diferente.
Mia: A prof tinha de receber um premio de moda, vocês já viram bem a cor que ele escolheu para mim?
Lisa: Eu nem quero saber como o Manel reagiu ao saber disso. Se fosse a ele, dava-te já com os pés.
Mia: Oh lisa deixa de ser parva…
Iris: Gostam do meu? Oh meninas deixem-se de conversa… Temos de nos despachar daqui a nada começam os jogos. (aparte) Lisa como vão as coisas com o Pedro?
Lisa: Como assim?
Iris: Como se têm dado?
Lisa: Oh Iris como sempre que pergunta eu agora tenho mesmo de ir, já vão começar os jogos.
Na ala dos rapazes a conversa era idêntica. O vestuário, era uns calções pelos joelhos e uma tshirt identificada tal e qual como a sua dupla. Eles estavam divididos em grupos, de um lado o Pedro Gui e Tomas e do outro os restantes.
Tomas: Qual é a tua previsão com a Lisa?
Gui: Ah pois é Pedrocas, agora tenho notado que andas sempre atrás dela
Pedro: Não é nenhuma! Não tenho tenções de a magoar.
Tomas: O QUÊ?! Tu estas bem?
Pedro: Estou perfeitamente. A Lisa é diferente, é espectacular. Eu não me sinto o mesmo ao lado dela. Quando estamos juntos eu tenho vontade de lhe sussurrar ao ouvido, de lhe abraçar de lhe olhar nos olhos e dizer que o que sinto por ela é indeterminado e intenso…
Gui (interrompendo): Oh Pedro então? A miúda deu-te a volta á cabeça ou o teu pai mandou fazer um clone com o mesmo nome?
Tomas: A verdade é que nós não tomamos bem conta dele, e ele andou ai livremente sem nós e agora foi o que deu. Mas a partir de agora, eu juro que vamos ser nós os três, entre as meninas todas.
Pedro (desconversando): Já estão prontos? Eu não quero falar mais sobre este assunto. O que eu disse, vou dize-lo sem me arrepender as vezes que quiserem. Estou a senti-lo agora, e não percebo. Ela é especial, ela transformou-me, eu não consigo deixar um dia sem olhar para a beleza de que ela é feita.
Gui: Queres a babetinha? Vamos masé ver as garinas lá fora para ver se atinas…
Dito e feito. Ao mesmo tempo que as raparigas iam a descer as escadas do átrio os rapazes encontraram-se com elas. A reacção de Pedro foi a menos inesperada, ao ver Lisa, fixou-lhe o olhar como se estivesse a ver uma coisa maravilhosa que nunca vira antes, seu corpo era esbelto, os seus cabelos apanhos, a sua face límpida e pura, tudo o que Pedro conseguia ver era perfeito. Lisa, olhava para Pedro que apesar noutro mundo, ela conseguia ver que ele olhava-a com intensidade, como se a estivesse a explorar de um lado a outro. As outras pessoas não se apercebendo do que estavam a acontecer, seguiram caminho deixando-os para trás.
Lisa: Pedro? Pedro!
Pedro: Ham? Sim?
Lisa: Vamos?
Pedro: Sim, claro.
E seguiram. Lisa, olhava-o de lado para tentar desvendar o que ele estaria a pensar. Ela talvez desse alguns tostões para o saber. E assim foi o caminho, até ao campo grande aonde se ia passar o resto do dia. Lisa e Pedro foram os primeiros a serem chamados. Os jogos iam começar. 36minutos depois:
Pedro: Nós numa dupla até funcionamos bem
Pedro sentia-se sensível. Olhava para os olhos de Lisa, e conseguia ver tudo o que dentro dela havia. Lisa não conseguiu responder logo de seguida.
Lisa: Ahm… Sim… Mas é só… Tu visto bem aquela bola que eu mandei ao rapaz? Eu acho que ele estava a pedi-las
Pedro (desmotivado): Sim vi, acertaste-lhe em cheio.
Lisa: Já ganhamos um jogo, se continuarmos assim, ainda levamos a medalha para casa… (reflectindo) ou melhor, para o colégio (solta uma gargalhada)
Pedro já nem ouvia nada. Aquilo tinha sido pior do que levar uma tampa de todas as raparigas que já tinha saído. Ele gostava imenso de Lisa, talvez ainda fosse cedo para lhe dizer que amava, mas o sentimento que ele continha perante ela era inexplicável, era durador, era uma chama de felicidade eterna ou uma presença maligna, um amor incapaz de morrer ali. Já Lisa sentia-se insegura, ela conhecia o Pedro, melhor do que pensava e ela sabia que ele nunca iria ser um amor verdadeiro, no ver da Lisa, ele iria arruína-la se ela sentisse mais um bocadinho do que já sentia por ele. Ela gostava de estar ao lado dele, falar com ele, olhar para ele, ver a beleza que tinha, o sorriso tão enriquecedor que o caracterizava. Sentia-se bem com ele, mas não queria ser mais uma. Ao contrario do que mostrava, ela era um bocado fraca e insegura quando se tratava de amor verdadeiro.
A manhã prosseguiu. Os alunos todos estavam a divertir-se ao máximo, havia musica, um bar para que as pessoas pudessem desfrutarem da sua sede, havia mesas e mesas cheias de comida para quando os jogos parassem á hora do almoço pudessem comer o que quiserem, todos juntos. Aquele dia era uma alegria, já Pedro não podia dizer o mesmo, sentia-se desconsolado, o seu sentimento repentino estava a destrui-lo de amor, aos poucos. Pedro e Lisa, juntos decidiram então andar a passear entre os vários campos a ver os outros adversários.
Lisa (apontando): Quem é aquele?
Pedro: É o Bruno, conheço-o desde pequeno. É um dos rapazes mais populares do colégio dele.
Lisa (olhando-o com desejo): É bem giro
Pedro: Tens sorte, está a olhar para ti. Queres que to apresente?
Lisa: Não! Não! Deixa estar!
O jogo dele, havia terminado. E Bruno seguia a sua direcção.
Bruno (cumprimentando-o com um abraço)- Olá Pedro! Já não te via á imenso tempo!
Pedro: Olá meu, então que é feito de ti?
Bruno (não tirando os olhos de Lisa): Tenho andado por ai. Também não posso fazer nada de mais, estamos sempre dentro do colégio
Pedro (apercebendo-se): Chama-se Lisa.
Bruno e Lisa: Ham?
Pedro: Bruno esta é a Lisa. Lisa este á o Bruno.
Bruno (dando-lhe um beijo carinhoso na sua bochecha direita): Prazer
Lisa: Prazer é todo teu… meu!
Pedro: Bem eu vou ali beber alguma coisa. Deixo-vos sozinhos.
Lisa: Bem o Pedro é mesmo inoportuno.
Bruno: Es muito bonita.
Lisa: Obrigada tu também não ficas muito atras. Eu agora tenho de ir.
Lisa saiu, em passo acelerado de vez em quando olhando para trás para avistar Bruno aquele pedaço de mau caminho e ia em direcção ao seu grupo de amigas. Na hora do almoço, Pedro isolou-se atrás de uma rocha e pôs-se a pensar na Lisa e tudo o que já tinha vivido, desde que ela entrou para escola com o charme descomunal e a sua beleza esplêndida. Até que alguém se senta ao lado dele.
Pedro: Não estou com vontade nenhuma para falar.
Tomas: Nem comeste nada Pedrocas. Já viste bem os aviões que andam ai e tu aqui sentado a pensar na Lisa?
Pedro: Eu não estou a pensar nela!
Tomas: Como se eu já não te conhecesse. Essa miúda deu-te a volta á cabeça, eu tenho a certeza, já eu detecto isso á distancia.
Pedro: Ela nunca vai ser minha, nunca vou ter a oportunidade de lhe mostrar o amor que sinto por ela.
Tomas: Não vamos falar mais sobre ela, levanta-te daí e vem comigo. Vamos desanuviar!
Ambos se levantaram. E foram até á zona de campos, aonde já la estava Gui mais três raparigas prontas para desfrutar das redes antes que comecem a jogar de novo. Pedro poderia admitir que até se divertiu e por muito que fosse difícil ele esqueceu-se dela e divertiu-se junto delas. Viu que estar triste não iria resolver nada do que estava a passar com ele, e juntou-se a eles como se nada se passasse. No outro lado, estava Bruno a seguir Lisa com o seu poderoso olhar. Era moreno, cabelo rapadinho, corpo atlético, um sorriso de desfazer olhares. Lisa sentia-se visionada mas por vezes nem olhava para dar nas vistas. Mas Lisa decidiu ir lá falar.
Lisa: O que se passa comigo?
Bruno: Contigo? Nada.
Lisa: Então porque olhas sempre para mim sem te cansares?
Bruno: Porque a tua beleza é indeterminada.
Lisa: Oh meu deus… Só podes estar a gozar.
Bruno: Anda dar uma volta comigo.
Ao contrario do que parece, Lisa estava desejosa para que pudesse estar ao lado de Bruno. Aquele jovem com um letreiro de mau caminho, aquela beleza apreciada por todos era incapaz de ser indiferente aos olhos das outras raparigas de todo o mundo. Mas Bruno não era muito atiradiço, apesar da forma como começou com Lisa não teve coragem de continuar. Ele via que Lisa era diferente, aquilo que ela era, ele impossibilitado de encontrar noutro lugar. O passeio foi agradável, passo aqui, gargalhada ali… Foi como se estivessem a conhecer melhor naqueles 30 min. Mas entretanto os jogos começaram, e Pedro e Lisa teriam encontrar-se outra vez. E Bruno de vez em quando, ficava sentado a ver Lisa jogar da forma mais impressionante de tinha visto alguém jogar. E as horas foram passando… Eram 17.46 quando o sol já se preparava para arrumar as malas, e ir-se embora quando foi anunciado os grandes vencedores do torneio e para grande surpresa de todos, foram Pedro e Lisa que fizeram uma dupla completamente inacreditável e se apoiaram jogo após jogo. Eles ficaram tão felizes, que organizaram uma ida á discoteca com os alunos da outra escola. A Prof Dulce estava inconsolável, que mal conseguia conter as suas lágrimas de emoção. Os alunos de ambas as escolas voltaram para os seus lares, tomaram um banho e vestiram-se a rigor de festa, e foram jantar nos respectivos refeitórios só depois viria a grande festa. Lisa e Pedro eram as estrelas da noite! (…) Pedro estava atrás de Lisa na fila para recolher as suas refeições.
Pedro: Afinal não foi assim tão mal termos ganho pois não?
Lisa: Pedro! Claro que não! Bem eu adorei. Esta adrenalina é explosiva. Obrigada
Pedro: De que? De nada
Lisa: Do dia maravilhoso que passamos.
Pedro: E o Bruno? Como está?
Lisa: Ele é magnifico. Não tens noção, ele faz-me chorar de rir. É uma pessoa super cómica. É perfeito!
A vez de Lisa ir embora para a sua mesa tinha chegado sem deixar que Pedro mais uma vez dissesse o que queria tanto dizer, do que sentia por Lisa. Com uma tristeza estampada na cara, regressou para a beira dos seus amigos e começou a comer. Já de noite, os alunos do prestige estavam á espera da camioneta para que pudessem se deslocar para a discoteca. Pedro, Tomas e Gui estavam a mandar comentários e a rirem-se como o do costume. Mia e Manel abraçadinhos, a namorar e Lisa com as restantes pessoas. O autocarro chegou, e chegaram á discoteca.
Bruno já lá estava á espera de Lisa… A noite foi decorrendo muita musica e dança á mistura. Quem nunca destoava minuto apos minuto era Lisa, que dançava até não poder mais ao lado de Bruno que olhava para ela com a maior admiração e maior orgulho que sentia. Já Pedro, ia dançando com as miúdas insignificantes que Gui e Tomas lhes metera á beira sem nunca desviar o olhar para Lisa que estava deslumbrante (…) Já era tarde e Bruno e os restantes alunos dos Remamos tinham de ir embora.
Bruno: Tenho mesmo de ir embora. Amanhã no pinhal, ás 15.00h fico á tua espera.
Lisa derreteu. Aquela emoção que sentia com aquele sussurro era imensa. Lisa trincou o lado inferior, e acenou para se despedir de Bruno. Lisa esperava agora mais que nunca pelo tal encontro. Imaginava-o inesquecível. Mas pela noite fora, ainda havia imensa diversão e Lisa deixou de se levar pelos pensamentos de Bruno e dedicou-se a dançar, expulsar tudo o que de mal tinha. Pedro via-a a dançar, aquela beleza que nunca a abandonava, a forma como dançava. Era tudo ou nada. Bruno já tinha andado demasiado ao ver do Pedro. Agora chegou o momento de Pedro desenrolar os 5km de língua enrolada que continha dentro dele. Levantou-se e dirigiu-se para Lisa.
Pedro: Dança comigo
Lisa: Oh Pedro, tens a certeza?
Pedro: Não te pedi tona?
Lisa: Ai sim? É que não sei se tens pedalada para mim?
Pedro: Oh Lisa, tu dançaste toda a noite, agora tenho a certeza que vou conseguir ser melhor que tu.
Lisa: Então bora, vamos ver isso.
Uma tom rítmico alcançou a discoteca, uma musica mexidinha animou ainda mais Lisa e Pedro e iam agora arrebentar com o solo. Passo de salsa, passo de dança de salão. Roda aqui, enrola aqui. Pedro e Lisa estavam mais sensuais que nunca, estavam com os corpos colados, a mão de Pedro não conseguia por vezes descolar da mão suave de Lisa. Num passo Pedro estende as mãos de Lisa para cima e vai descendo as suas, explorando cada parte do seu corpo deixando as de Lisa sempre intactas apontadas para o tecto. A pura da loucura, na dança dos dois. Pedro lançou Lisa com as suas mãos, e com a directa enrolou-a até si. Chocando um no outro a milímetros de os lábios um do outro se tocarem, os corações batiam a mil á hora, Lisa ofegava de tão cansada e sentia Pedro a respirar como se tivesse corrido 500metros de uma vez. Pedro por seu lado, sentia o corpo de Lisa a rosar no seu e a sua respiração era como uma acumulação da sua. Lisa, sentia vontade de o agarrar e de o beijar como nunca fizera com ninguém. Ela sabia que Bruno agora era apenas um amigo sem importância e não um amor que possa durar como este que Lisa imaginava ao lado de Pedro. Pedro, só acrescentava o seu amor por Lisa, os seus pensamentos era beija-la e ser dela o resto da vida. Mas a milímetros de distância, Lisa e a sua insegurança fê-la afastar de Pedro e fugir. Mas Pedro tinha de a seguir. Como tinha pensado era agora ou nunca. Á porta da discoteca.
Pedro: Lisa! Lisa? Espera…
Lisa não respondeu. Pedro estava ofegante.
Pedro: Desculpa… Eu não… não tinha o direito disto, de te fazer isto.
Lisa (virando-se): O que queres de mim Pedro? Queres marcar um visto á frente do meu nome na tua lista insignificante de miúdas “comidas”?
Pedro não conseguiu responder.
Lisa: Queres gozar comigo? Com a minha cara? Fala Pedro!
Pedro: Estas muito enganada a meu respeito… Lisa.
Lisa: Não brinques comigo Pedro! E diz de uma vez por todas a verdade…
Pedro: Lisa… Eu não sei que te dizer…
Lisa: Só me estas a dar razão! Metes-me nojo… NOJO!
Lisa ia a voltar-se para ir embora mas Pedro conseguiu tirar o clip que tinha amarrado á sua boca.
Pedro: Amo-te!
Lisa (voltou-se): O quê?
Pedro: Sim, eu amo-te. Tenho desejado estar contigo a cada segundo que passa, dizer-te que és a mulher que me transformou. Os meus pensamentos o meu estado de espírito tem gerado á tua volta. Eu sei… Eu sei, que tu não te vais acreditar em nenhuma destas palavras. Mas desde que chegaste ao colégio a minha vida, ficou diferente o meu coração acostumou-se á tua presença, á tua beleza… Tens um interior maior que o mundo, uma personalidade que me invade e me droga por completo. Os teus lábios, o teu corpo, os teus olhos, as tuas mãos, o teu coração… Eu já senti tudo, é tudo perfeito, encaixa-se em mim como a peça final de um puzzle de 1000 peças. Quando fecho os olhos, sonho de como seria se estivesses só nós dois, eternamente juntos.
Lisa (cabeça baixa e emocionada): Pee…dro…
Pedro: Lisa, antes podias não sentir nada. Mas ao bocado, ali em cima (apontando para a pista de dança) eu senti que desejavas o mesmo que eu, que esperavas tanto como eu… Estou enganado? Eu via e ouvia o teu coração a acelerar com o meu proximamento senti os teus lábios a dizerem-me o que realmente te vinha á cabeça. Eu sei que nada faz sentido do que te estou a dizer… Mas… Esquece Lisa. Esquece. Eu pelo menos não morro de arrependimento por não te ter dito nada… Apenas morro por amor mas isso...
Lisa levantou a cabeça, seus olhos expulsavam pequenas lágrimas pela cara abaixo. O seu coração abriu-se, as emoções, os pensamentos e o seu amor por Pedro voavam livremente naquele momento…
Pedro: O Bruno é boa pessoa… E vais ver que ele te vai deixar sempre muito feliz. Ele merece-te. Vocês até gostam um do outro, e…
Bruno? Aonde é que isso na cabeça de Lisa já desaparecera aos anos. Naquela conversa, o mundo tinha parado apenas para Pedro e Lisa. E neste caso, Lisa só conseguia pensar em Pedro e no amor que lhe constituía. Agora Lisa via perfeitamente que Bruno não iria curar o que ela sentia incondicionalmente por Pedro, o desejo de o prender a ela para sempre. Emocionada, avança num pé e agarra Pedro envolvendo-o num beijo, fugaz, suave, violento, cheio de amor, pensamentos e emoções. Lisa, não queria parar… E Pedro também não. Era um momento de pura deliração das duas partes. As suas línguas dançavam alegres juntamente com as pequenas lágrimas de Lisa que iam caindo emoção atrás de emoção. Agora separaram-se, eram um do outro e esse momento já ninguém o tiravam. Abraçaram-se e assim ficaram longos períodos de tempo até ao final das suas vidas.
Lisa terá explicado depois tudo o que sentia por Pedro, desde o que vira pela primeira vez até aquela noite tal como ele se declarou a ele, naquela noite da discoteca. Terá cancelado o seu encontro com Bruno e terá explicado que agora, era de Pedro. Planearam uma vida a dois,
e assim o futuro o desenhou!
FIM
... Mas vou tentar participar 
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